Vítima de atropelamento pelo ex, mulher deixa Espanha e volta a Goiânia

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Uma mulher que foi vítima de constantes agressões por parte de seu ex-namorado conseguiu sair da Espanha e retornar para Goiânia. Lilian Divina de Sousa Rodrigues Oliveira, de 40 anos, morava em Ibiza há cerca de quatro anos, mas viu a sua vida se transformar em um pesadelo por conta do antigo parceiro. De acordo com a família, a goiana foi atropelada pelo homem, que segue solto na Europa.

Pesadelo na Espanha

Em solo espanhol, Lilian iniciou um relacionamento amoroso com um homem. Aos poucos, diversos aspectos de seu cotidiano foram mudando. A filha dela, Miriã de Sousa Silva, de 23 anos, afirmou ao g1 que a mãe passou a conversar cada vez menos com os familiares de Goiânia, justamente porque o seu então namorado proibia.

Na sua casa, Lilian era vítima de violência doméstica. A situação piorou ainda mais quando, certo dia, o homem pediu para que a mulher saísse do carro em um local ermo. Ela se recusou. Foi então que o agressor saiu do carro, arremessou-a pela porta, assumiu o volante e passou o carro por cima das pernas de Lilian, causando fatura exposta.

Ele a levou até o hospital e a deixou sozinha no lugar. No dia seguinte, após a goiana receber cirurgia, o homem a visitou com flores e a ameaçou, dizendo que mataria o irmão dela se Lilian contasse a respeito do caso para alguém.

Posteriormente, Lilian denunciou o homem por violência doméstica e ele foi preso. A goiana aproveitou para passar alguns dias na casa do irmão, antes de receber transferência para um abrigo de proteção à mulher. Por fim, ela conseguiu voltar para Goiânia.

O retorno para Goiânia

Lilian chegou de cadeira de rodas ao Aeroporto Internacional de Goiânia no dia 17 de junho, reencontrando-se com seus familiares. Pouco depois, foi internada em um hospital psiquiátrico da capital.

Quanto ao agressor, ele ficou apenas alguns dias preso e já está solto novamente pela Europa. Lilian e Miriã já entraram em contato com o Itamaraty e a Defensoria Pública da União (DPU), em busca de justiça.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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