5G estreia no Brasil nesta quarta-feira, 6

O sinal de 5G puro (sem interferência de outras frequências) estreia no Brasil nesta quarta-feira, 6. A primeira cidade a oferecer o sinal será Brasília, cujo funcionamento foi aprovado na última segunda-feira, 4 pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Próxima geração da internet móvel, a tecnologia 5G pura oferece velocidade média de 1 Gigabit (Gbps), dez vezes superior ao sinal 4G, com a possibilidade de chegar a até 20 Gbps. O sinal tem menor latência (atraso) na transmissão dos dados. Um arquivo de 5G pode ser baixado em cerca de 40 segundos nesse sistema.

A tecnologia 5G permitirá a estreia da “internet das coisas”, que permite a conexão direta entre objetos pela rede mundial de computadores. Essa tecnologia tem potencial para aumentar a produção industrial, por meio da comunicação direta entre máquinas, e possibilitar novidades como cirurgias a distância e transporte em carros sem condutores.

A TIM será a primeira operadora a oferecer o sinal 5G puro em Brasília. Em princípio, serão instaladas 100 antenas que atenderão entre 40% e 50% da população do Distrito Federal. Nos próximos dois meses, mais 64 antenas passarão a funcionar, elevando o alcance da tecnologia para 65% da população.

Segundo o conselheiro e vice-presidente da Anatel, Moisés Moreira, as próximas cidades a receber o sinal 5G puro serão Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo, mas as datas ainda não estão previstas. No início de junho, a agência reguladora definiu que, até 29 de setembro, todas as capitais deverão contar com a tecnologia.

Acesso

Para ter acesso à tecnologia 5G, o cliente deve ter um chip e um aparelho que aceite a conexão. O cliente precisa verificar se a operadora oferece o serviço e estar na área de cobertura. O site da Anatel informa a lista de celulares homologados para o sinal 5G puro.

O consumidor precisa ficar atento porque existem celulares fora da lista que mostram o ícone 5G. Nesses casos, porém, o aparelho não opera o sinal 5G puro, mas o 5G no modo Dynamic Spectrum Sharing (DSS) ou non-standalone (NSA), chamado de 5G “impuro” por operar na mesma frequência do 4G, na faixa de 2,3 gigahertz (GHz). Dependendo da interferência, o sinal 5G “impuro” chega a apresentar velocidades inferiores ao 4G.

Parabólicas

O 5G puro ocupará na faixa de 3,5 GHz, faixa parcialmente ocupada por antenas parabólicas antigas que operam com sinal analógico na Banda C. As pessoas com esse sinal precisarão comprar uma antena nova e um receptor compatível com a Banda Ku, para onde está sendo transferido o sinal das antenas parabólicas. Famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com parabólicas antigas receberão conversores novos, que dispensarão a necessidade de comprar outras antenas.

Segundo a Anatel, Brasília foi escolhida para estrear a tecnologia 5G por ter um número baixo de parabólicas. Conforme os dados mais recentes da agência reguladora, existem cerca de 3,3 mil parabólicas em funcionamento no Distrito Federal.

Originalmente, o edital do leilão do 5G, realizado em novembro do ano passado, previa que todas as capitais deveriam ser atendidas pela telefonia 5G até 31 de julho. No entanto, problemas com a escassez de chips e com atrasos na produção e importação de equipamentos eletrônicos relacionados à pandemia de covid-19 fez o cronograma atrasar dois meses.

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Mãe de família no Piauí já perdeu quatro filhos envenenados

Envenenamento em Família no Piauí: Tragédia e Investigação

No Piauí, uma família enfrenta uma tragédia devastadora após o envenenamento de seus membros. A mãe, Francisca Maria da Silva, de 32 anos, já perdeu quatro filhos devido a envenenamento: dois deles no meio do ano e outros dois após o episódio do arroz. A mais recente vítima foi Lauane da Silva, de três anos, que faleceu na madrugada de 6 de janeiro no Hospital de Urgência de Teresina.

Segundo a polícia, dois dos filhos, de oito e sete anos, morreram há cerca de cinco meses depois de ganharem um saco de caju envenenados da vizinha, por estarem “roubando frutas do quintal dela”.

Lauane estava internada desde 1 de janeiro após ingerir arroz envenenado com uma substância tóxica semelhante ao ‘chumbinho’. Além da criança, o irmão, de 1 ano e 8 meses, e o tio dela também morreram após consumir o mesmo alimento.

Já a mãe está internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) em Parnaíba, enquanto outra filha está internada em um hospital de Teresina. Outras quatro pessoas da família também foram hospitalizadas, mas receberam alta.

Comida envenenada

A família preparou o baião de dois (arroz com feijão) no dia anterior, usando como ingrediente um alimento dado pela vizinha. O laudo pericial do Instituto de Medicina Legal (IML) revelou que o veneno estava presente em todo o arroz, em grânulos visíveis.

O médico Antônio Nunes, diretor do IML, confirmou que “o veneno foi colocado em grande quantidade no baião de dois”. A Polícia Civil do Piauí (PCPI) investiga o caso como homicídio.

Inicialmente, suspeitava-se que o peixe doado à família na noite de 31 de dezembro estivesse envenenado, mas o exame pericial afastou essa possibilidade, e o casal que entregou o peixe não é mais considerado suspeito.

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