Jejum pode ser uma arma contra o Câncer

Cerca de 20 jovens incluindo vários cientistas, passaram um dia e meio sem comer, a fim de fazer um estudo para um instituto de pesquisa em Madri. Antes do inicio do jejum eles fizeram um exame de sangue após as 36 horas, fizeram outro para garantir que não tinham ingerido nada em segredo. O objetivo deste estudo era mostrar os efeitos no organismo por trás do jejum e seus benefícios para a saúde, especialmente como uma arma potencial contra o Câncer.

O jejum durante dias ou semanas, apenas com água, ou alimentos específicos, ou limitando as horas do dia nas quais se pode comer, é uma prática quase universal entre vários tipos de religiões. Muitas alegam um renovação seja, espiritual ou mesmo do organismo.

Do ponto de vista científico, o jejum parece proporcionar longevidade e uma saúde melhor. Estudos feitos com animais mostram que existem esses benefícios, e os maiores e mais claros são obtidos pelos animais com tumores.

Tudo isso se dá porque quando alguém para de comer por um ou mais dias, o metabolismo muda seu andamento por conta do estresse. A multiplicação celular fica mais lenta, e ativa-se um processo de autofagia, onde o corpo elimina as células velhas ou defeituosas e, geralmente, começa a se alimentar de suas próprias reservas de energia.

A equipe de Valter Longo, da Universidade do Sul da Califórnia, é uma das mais avançadas na pesquisa sobre o jejum, tanto em pessoas saudáveis quanto doentes. Suas experiências demonstraram que o jejum de um ou mais dias faz com que os camundongos com câncer tratados com quimioterapia respondam melhor ao tratamento e se recuperem antes dos efeitos colaterais.

Os pesquisadores da Universidade advertem que ninguém deve tentar o jejum sem a supervisão de um médico, mas uma dieta, chamada de Prolon, desenvolvida por eles baseada em barras energéticas, sucos e outros alimentos embalados, pode ser comprada internet nos EUA, Austrália, Itália.

O pesquisador Valter Longo começou esse projeto há um ano. Ele diz que com os dados do estudo que ainda vai publicar, comercializar essa dieta é muito importante, e afirma que doará os lucros que obtiver com sua empresa á uma ONG.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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