Sobe para 32 o número de crianças mortas em escola na Cidade do México

Pelo menos 32 crianças e cinco adultos morreram em uma escola que desabou no sul da Cidade do México por causa do terremoto que atingiu o país na terça-feira (18), informou a imprensa local. A informaçãoé da Agência EFE.

Os trabalhos de resgate viraram a noite nesta escola, um dos cerca de 40 prédios que tombaram na capital devido ao terremoto de 7,1 graus na escala Richter.

De acordo com a emissora Television, que entrevistou fontes oficiais, já foi possível resgatar 14 pessoas com vida e estima-se que 20 ainda estejam sob os escombros.

O Exército e a Marinha, que lideram as buscas entre os escombros, informaram que a maioria dos resgatados foram levados a um hospital civil e outro deles ao da Marinha.

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, fez na noite de terça-feira uma visita à escola, que tinha alunos de pré-escolar e ensinos primário e fundamental.

Segundo dados do secretário de Governo mexicano, Miguel Ángel Osorio, o último balanço de vítimas confirmadas é 224 mortos, sendo 117 na Cidade do México, 39 no estado de Puebla, 55 em Morelos, 12 no estado do México e uma em Guerrero.

No entanto, há discrepâncias entre os números oficiais e outros reportes, que falam de três mortos em Guerrero e mais um no estado de Oaxaca.

O Instituto Tecnológico de Monterrey confirmou em comunicado que há quatro mortos e 40 feridos no campus da Cidade do México devido ao tremor.

A Secretaria de Educação Pública decretou a suspensão das aulas de todas as instituições de ensino de Cidade do México, Puebla, Morelos, Oaxaca, Chiapas, Guerrero, Tlaxcala, estado do México, Hidalgo e Michoacán.

Além disso, a entidade informou que na Cidade do México foram contabilizadas, de forma preliminar, 209 escolas afetadas, 15 com danos maiores.

O tremor ocorreu às 13h14 (hora local; 15h14 GMT) de terça-feira, exatamente 32 anos depois do poderoso tremor de 19 de setembro de 1985, de 8,1 graus, que deixou milhares de mortos na capital.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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