Com 95% da safra colhida, a produção brasileira de café pode chegar a 44,77 milhões de sacas de 60 kg. O grão é cultivado em uma área total de 2,21 milhões de hectares em várias regiões do país. Os dados foram divulgados hoje (21) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O levantamento é o terceiro do total de quatro etapas. Embora a expectativa seja melhor que a do ano passado, de acordo com o levantamento da Conab, ainda assim, a safra ficará 1,7% abaixo do esperado. O clima e as pragas “broca” e “bicho de Minas” cooperaram para o resultado.
“As questões climáticas foram muito localizadas. No norte de Minas, ocorreram adversidades provocadas pelo clima. Já em outras regiões, houve chuvas atípicas durante a colheira”, disse o superintendente de informações da Conab, Aroldo de Oliveira Neto.
Os grãos arábica e o conilon são os mais produzidos no Brasil. A expectativa é que a produção do arábica atinja o número de 34,7 milhões de sacas, isso corresponde a 83% da safra, a cultura é trabalhada em 1,78 milhões de hectares. Destes, 299,83 estão sendo usados para formação. Já para o conilon, a previsão de colheita é de 10,71 milhões de sacas numa área de 427 mil hectares, sendo 45,35 em formação e 381,62 em produção.
Produção por regiões
Devido à bienalidade negativa, a produção em Minas Gerais deverá ser 20,7% menor do que a safra de 2016. O estado, que é o maior produtor brasileiro de café, deverá colher 24,04 milhões de sacas do grão arábica e 334,1 mil sacas de conilon, totalizando 24,38 milhões de sacas.
Segundo os estudos da Conab, as condições climáticas desfavoráveis atravessadas pelas lavouras de conilon em 2016 e a falta de mudas para plantio, ocasionaram na queda de 1,5% na produção de café no estado do Espirito Santo. O arábica também sofre com o ciclo da bienalidade negativa. Ainda de acordo com a Conab, a estimativa é que o estado capixaba produza 5,9 milhões de sacas de conilon e 2,9 milhões do arábica.
Já em São Paulo, o alto índice de podas e também a bienalidade negativa foram os principais responsáveis pela queda da produção de café. No entanto, a expectativa é que 4,37 milhões de sacas sejam colhidas. Na Bahia, a estimativa é de uma safra de 3,36 milhões de sacas. Em Rondônia, espera-se colher 1,94 milhão de sacas.
O Brasil é o maior produtor de café no mundo e exporta o grão para mais de 100 países.
Fonte: Agência Brasil