Gilmar e Janot pegam mesmo voo para Europa

Adversários ferrenhos, o ministro Gilmar Mendes e o ex-procurador-geral Rodrigo Janot embarcaram hoje no mesmo voo da TAP. O ministro, que também é presidente do TSE, está a caminho da Alemanha para acompanhar a eleição presidencial. Por pouco os dois não sentaram lado a lado. A poltrona de Gilmar fica atrás da ocupada por Janot.

Os dois não se cumprimentaram na fila de embarque. O fato não passou desapercebido por vários passageiros, que não disfarçaram a surpresa com a cena inusitada.

Na sua primeira semana de folga, Janot decidiu descansar na Europa. Segundo interlocutores ele está indo para a Itália. Tanto ele quanto Mendes se encontrarão novamente no aeroporto de Portugal para fazer suas devidas conexões.

O encontro dos dois no avião ocorre um dia depois de Mendes ter defendido, durante sessão no STF, que Rodrigo Janot deveria ter pedido a própria prisão diante do malogro das investigações do caso JBS. O ministro, que foi procurador da República nos anos 1980, seguiu. “Eu sou da turma de 84. Certamete já ouvimos falar de procuradores preguiçosos, de procuradores violentos, alcoólatras, mas não de procuradores ladrões. É disso que se cuida aqui, corruptos num processo de investigação. Essa pecha a Procuradoria não merecia ao fazer investigação criminal.”

Foto: Reprodução

As informaçõos são do Estadão

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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