Acidentes com pipas já deixaram 45 mil goianos sem energia, em 2022

As férias chegaram e o número de problemas com pipas reacende o alerta da população. Além de acidentes, a brincadeira pode estragar a fiação de energia. Em todo o estado já foram 270 ocorrências de interrupções do serviço entre janeiro e junho deste ano, o que prejudicou 45 mil pessoas, de acordo com a Enel Distribuição Goiás. Na lista de cidades mais afetadas estão Goiânia, Aparecida de Goiânia, Valparaíso de Goiás, Luziânia e Senador Canedo, respectivamente.

A interrupção do fornecimento de energia causada por pipas pode ocorrer por diversos motivos. Além do risco de rompimento dos cabos, as linhas que ficam enroscadas na rede elétrica provocam desgaste nos fios e podem gerar curtos-circuitos e ainda choque elétrico. Nesses casos, equipes da distribuidora são mobilizadas para realizar os reparos e substituições necessárias. 

“É importante reforçar os riscos de se empinar pipa próximo da rede elétricas e a necessidade de os pais orientarem as crianças e os adolescentes sobre os cuidados necessários”, afirma o responsável pela Operação e Manutenção da Enel Distribuição Goiás, Ícaro Barros. 

A empresa orienta que a diversão não ocorra na chuva ou em dia com raios e que as pessoas não tentem recuperar itens que estejam pendurados na rede elétrica. Somente técnicos da distribuidora, treinados para este trabalho, que exige o uso de equipamentos de segurança, estão aptos a manusear a rede. Por isso em caso de acidente envolvendo a rede elétrica, a orientação é Acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros, por meio do número 193, e a Enel Distribuição Goiás, pelo 0800 062 0196.

A utilização de linhas cortantes põe em risco a vida de pedestres, ciclistas e motoristas. A brincadeira de criança pode virar caso de polícia. Apenas neste ano, a GCM de Goiânia apreendeu 400 carretéis com mais de 300 quilômetros (distância entre Goiânia e Jataí), além de 250 pipas com material cortante nas rabiolas. Já a Guarda Municipal de Aparecida de Goiânia recolheu, entre junho e julho, do ano passado, 537 carreteis do material e 512 pipas.

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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