Um goiano foi convocado a defender as cores da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de Futebol de Amputados, entre 30 de setembro e 9 de outubro, na Turquia. Valdo Firmino, de 26 anos, é volante da Aparecidense/Adfego e terá a oportunidade de representar o Brasil em uma competição internacional. O Diário do Estado conversou com o jogador, que contou a respeito de sua trajetória e a expectativa para o Mundial.
O processo de reabilitação
9 de julho de 2016. Essa foi a data em que Valdo sofreu um acidente, perdendo a perna direita. Nos meses que sucederam o infeliz acontecimento, ele, que é natural de Aparecida de Goiânia, passou a entrar em um processo de reabilitação. O objetivo era fazer uma prótese.
Em 2017, Valdo recebeu convite para conhecer a modalidade de futebol de amputados. Assim que cicatrizou-se, o goiano começou a treinar.
“No início, era mesmo só diversão. Eu não sabia que tinha Seleção Brasileira, mas depois descobri que tinha Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, várias competições nacionais. A partir do momento que eu descobri, comecei a me destacar e tive a minha primeira convocação”, descreve.
Então, Valdo começou a focar mais nos treinos e a se dedicar mais ao futebol de amputados. Desta forma, ele recebeu convocações para jogar pelo Brasil no Sul-Americano e na Copa das Confederações. No entanto, por lesões no tornozelo, ele não conseguiu participar e até hoje jamais disputou uma competição oficial pela Seleção Brasileira.
Copa do Mundo de Futebol de Amputados
A grande chance de Valdo reside na Copa do Mundo de Futebol de Amputados. O torneio reúne 24 seleções de cinco continentes diferentes, e o Brasil é um dos favoritos ao título.
“É um sonho realizado. O sonho de qualquer ser humano é defender o seu país, sua bandeira, sua pátria, sua honra. Não tem preço, não tenho palavras para descrever”, explica Valdo.
O seu maior sonho agora é continuar treinando, visando sempre se manter na Seleção. Os desafios são grandes, como a falta de visibilidade e patrocínio. Entretanto, Valdo se mantém focado na missão de fazer história. “Agora é agarrar essa oportunidade com unhas e dentes e estaremos lá, firmes e fortes”, finaliza.
