Os dois homens, de 26 e 41 anos, diagnosticados com Monkeypox, conhecida popularmente como varíola dos macacos, em Goiânia, receberam alta nesta segunda-feira, 18. A informação é da Secretária Municipal de Saúde de Goiânia (SMS).
Há ainda, outros dois casos, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana – de um homem de 33 e outro de 34 anos – que seguem em observação. Os pacientes estão em isolamento domiciliar e com boa evolução do quadro, sendo monitorados pela Vigilância em Saúde (SVS), de Aparecida.
Atualização dos protocolos
Conforme a Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Goiás, os protocolos para enfrentamento da varíola dos macacos também foram atualizados. A partir de agora, as infecções pelo vírus devem ser notificadas em até 24h. Essa medida foi adotada após a capacitação de 330 profissionais da rede pública e privada no estado.
Só neste ano, 250 profissionais, de modo presencial, e cerca de 80, que estão sendo acompanhados de forma remota, já passaram por três treinamentos ministrados pela SES. Todas as palestras têm foco no rastreio e monitoramento dos casos, fluxo laboratorial e de assistência nas unidades de saúde.
Todas essas mudanças são para alertar e instruir os profissionais e população sobre a importância da detecção precoce dos casos suspeitos, do isolamento, do rastreio e monitoramento do vírus, em prol de evitar a transmissão.
De acordo com os protocolos, os pacientes com suspeita da varíola dos macacos, devem receber máscaras de proteção e serem isolados. Em seguida, os profissionais devem se proteger com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), e fazer o rastreio de todas as pessoas que estiveram em contato com os infectados.
Caso o paciente apresente sinais de gravidade para indicação de internação hospitalar, o Complexo Regulador Estadual (CRE) deve ser contatado para solicitar internação.
Todas essas atualizações devem ser seguidas à risca pelos municípios, por meio de planos de contingência contendo todas as informações repassadas nas capacitações.
Sintomas
A varíola dos macacos é caracterizada por lesões doloridas na pele. Apesar da baixa letalidade, especialistas alertam para o perigo da ocorrência em pessoas imunossuprimidas, gestantes, crianças e idosos.
Tratamento
Os pacientes serão tratados na Atenção Primária de Saúde com diagnóstico diferencial, assistência, coleta de amostra para teste laboratorial e monitoramento. Caso o paciente apresente sinais de gravidade para indicação de internação hospitalar, o Complexo Regulador Estadual (CRE) deve ser contatado para solicitar internação.
Os hospitais destinados à internação, são: o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), em Goiânia, para toda região Central, Oeste e Nordeste, bem como o Hospital Estadual da Criança e da Adolescente (Hecad) e o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), em Aparecida de Goiânia, para a região Central e Sudeste do estado.
Na região Sudoeste, o Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás (Herso), em Santa Helena, e o Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho. Para as regiões Centro Norte e Nordeste, as unidades são o Hospital Estadual de Anápolis (Heana) e o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu.
Alerta
A SES ainda alerta que a doença não tem relação com macacos no Brasil, já que a contaminação no país é apenas em humanos. O vírus pode ser transmitido por meio de contato íntimo com secreções, gotículas de saliva e objetos compartilhados contaminados.