Coreia do Norte mobiliza aviões após envio de bombardeiros dos EUA

A Coreia do Norte mobilizou aviões e reforçado as defesas em sua costa Leste depois que os Estados Unidos enviaram, no último final de semana, para essa região, caças e bombardeiros, segundo uma fonte da Inteligência da Coreia do Sul citada pela agência de notícias “Yonhap”. A informação é da Agência EFE.

Um porta-voz do Serviço Nacional de Inteligência (NIS, sigla em inglês) explicou à Agência EFE que esta informação, que aparentemente foi transmitida a um comitê parlamentar por um membro dos serviços de espionagem, “não pode ser confirmada por enquanto”.

A operação das aeronaves americanas, que segundo o Pentágono é a que mais se aproximou do território norte-coreano até o momento neste século, foi realizada aparentemente em torno da meia-noite de sábado (23).

Os serviços de inteligência explicaram que o Exército norte-coreano aparentemente foi incapaz de detectar o voo dos B-1B e F-15 perto da sua costa por um possível erro no seu sistema de radares, declarou à “Yonhap”, o presidente do comitê parlamentar, Lee Cheol-woo.

O tempo das operações dos EUA pôde ser ter sido o motivo pelo qual os radares não devem ter funcionado adequadamente diante de problemas de fornecimento elétrico na Coreia do Norte, acrescentou o NIS.

Acredita-se que o Exército norte-coreano possui um sistema de alarme precoce para possíveis intrusões aéreas com uma categoria de detecção de até 600 quilômetros.

O envio de bombardeiros americanos para a região da costa Leste da Coreia do Norte, aconteceu depois que os líderes dos dois países, Donald Trump e Kim Jong-un, persistiram nas trocas de provocações, algo que, juntamente aos seguidos testes de armas de Pyongyang disparou a tensão na península coreana.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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