Ciclone Lee se forma no Atlântico nesta quarta-feira com força máxima

O ciclone batizado de Lee se tornou nesta quarta-feira (27) o quinto de categoria máxima dessa temporada no Atlântico, com ventos máximos sustentados de 185 quilômetros por hora e rajadas muito fortes, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.

O novo furacão se encontra cerca de 780 quilômetros ao sudeste das ilhas Bermudas e a 2.845 quilômetros ao oeste dos Açores, em Portugal. Os meteorologistas apontaram que Lee deve seguir rumo ao norte na quinta-feira e em direção ao nordeste na sexta-feira, e preveem o seu enfraquecimento lento durante os próximos dois dias, segundo o último boletim do NHC.

Lee se soma aos outros furacões de categoria 5 na escala de intensidade Saffir-Simpson que se formaram nesta temporada no Atlântico: Harvey, José, Irma e Maria, que atingiram principalmente os estados do Texas e da Flórida, nos EUA, e regiões do Caribe, especialmente Cuba, Porto Rico, as Ilhas Virgens e Dominica.

O ciclone, que atualmente não representa uma ameaça a zonas povoadas, se desloca em direção ao noroeste com uma velocidade de 11 quilômetros por hora e deve continuar esse movimento hoje. Seus ventos com força de furacão se estendem a até 55 quilômetros do centro e os ventos de tempestade tropical se estendem a até 150 quilômetros, segundo o NHC.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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