Fazendas solares ganham espaço como alternativa para geração de energia

A alta tarifa da energia elétrica impulsiona a busca por alternativas pela população e pelas empresas. No caso delas, a fazenda solar tem surgido como opção interessante por garantir abatimento de até 20% na conta mensal emitida pela Enel.

Os sistemas fotovoltaicos instalados no primeiro semestre de 2022 já são o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esse total se refere a espaços residenciais, comerciais, industriais, rurais e relacionados ao Poder Público.

O funcionamento de uma usina solar, também chamada de fazenda solar, é simples: placas fotovoltaicas instaladas em grandes áreas captam a luz solar e a convertem em energia elétrica, que é distribuída para residências e estabelecimentos comerciais. A ideia é ecologicamente correta e atrai pelo desconto garantido por meio de contrato com um fornecedor. Uma dessas empresas é a Energize Soluções em Energia Solar, localizada em Anápolis.

De acordo com o socio-proprietário, Fábio Melo, o serviço é exclusivo para empresas com CNPJ regularizado e com conta de energia elétrica acima de R$ 2 mil mensais. Ele explica que a captação da luz solar é transformada em energia e injetada na rede elétrica da Enel, gerando um crédito.

Na prática, os clientes interessados “arrendam” o equipamento da usina, recebem a energia produzida no local e pagam com desconto. Para os contratos de 5 a 10 anos, o abatimento varia de 10% a 20% enquanto os acordos sem fidelidade garantem 5% de economia, correspondente ao pagamento da taxa mínima paga à Enel. 

“Por exemplo: uma pessoa que gasta R$ 2 mil de energia pagará R$ 100 para a Enel e os R$ 1,9 mil economizados serão transformados em crédito da usina e eu cobro com desconto. Se foi de 10%, ele vai me pagar os R$1,9 mil menos os R$190, ou seja, R$ 1.710,00”, detalha.

“Goiás tem uma política de incentivo à geração de energia solar. Exemplo é a isenção de ICMS para sistemas de até 1 megawatt. Não há pagamento do imposto incidente sobre a energia elétrica fornecida pela distribuidora, na quantidade correspondente à soma da energia elétrica injetada na rede pela mesma unidade consumidora com os créditos de energia”, explica o secretário de Desenvolvimento e Inovação, Marcio Cesar Pereira.

O pagamento à distribuidora de energia local é feito porque, na energia solar, também se usa a estrutura instalada pelas companhias. “Ao instalar o sistema fotovoltaico, você não está saindo da rede da concessionária. Você usa ela como bateria. Nos momentos em que produz mais energia do que consome, o excesso é emprestado à rede da concessionária. Nos momentos em que seu consumo é maior do que o produzido – em dias nublados ou à noite, por exemplo, essa energia é emprestada é resgatada”, detalha o professor da Faculdade de Engenharia Elétrica Mecânica e da Computação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Enes Marra.

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Goiás tem quatro cidades entre as de maior fluxo turístico do Brasil

Levantamento divulgado pelo Ministério do Turismo (MTur), na quarta-feira, 18, mostrou que Goiás figura com quatro municípios (Caldas Novas, Rio Quente, Goiânia e Pirenópolis) na principal categoria do ranking que mede o fluxo turístico e os empregos gerados pelo setor, em todo o Brasil.

Os destinos turísticos goianos, inclusive, dividem espaço na categoria A com outros locais consagrados no cenário nacional, como Campos do Jordão (SP), Porto Seguro (BA) e Gramado (RS).

Mapa do Turismo

A cidade de Pirenópolis voltou a integrar a categoria A do levantamento, feito com base em todos os municípios brasileiros que integram o Mapa do Turismo. Atualmente, Goiás possui 91 municípios cadastrados formalmente no Mapa do Turismo.

Desse total, 40,7% estão distribuídos nas principais categorias, sendo: 4,4% na categoria A; 16,5% na B; 19,8% na C; e 59,3% na categoria D.

“Temos um grande desafio pela frente, que é o de formalizar os profissionais que lidam diretamente com o turismo e que fazem com que pouco mais da metade dos nossos destinos figurem na categoria D. Mesmo assim, temos que celebrar os avanços conquistados pelos demais municípios, que estão galgando melhorias neste quesito e estão ampliando a participação da receita local com o turismo. Ver Pirenópolis alcançado a principal categoria é motivo de muita alegria”, declara o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral.

Os índices de fluxo de turistas e de empregos formais gerados utilizados no mapeamento do Ministério do Turismo foram levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e correspondem ao período de 2021.

Com base neste levantamento, os quatro municípios goianos que integram a principal categoria disponibilizavam na época 276 estabelecimentos de hospedagem (hotéis e pousadas), que geraram mais de 6 mil empregos diretos e contribuíram com os cofres públicos ao arrecadarem mais de R$11 milhões em impostos.

“Estamos diante de dados econômicos e de formalidade do setor que refletem o ano de 2021, ou seja, ainda dentro da pandemia. Nossa expectativa é que esse cenário seja redesenhado nos próximos levantamentos do Ministério do Turismo, pois vamos retratar um novo cenário, pós-pandêmico, onde o turismo goiano tem avançado a passos largos, acumulando recordes na formalização dos profissionais do setor, e de fluxo de turistas nos nossos destinos”, avalia o presidente da Goiás Turismo.

Um dado relevante da pesquisa é que Rio Quente, com apenas três estabelecimentos hoteleiros registrados foi responsável por arrecadar sozinha R$ 5,1 milhões em tributos e gerar quase dois mil empregos formais.

“Uma cidade que, em 2022, registrava quase 4 mil habitantes, ter quase 50% dos empregos destinados ao turismo é muito relevante. Juntamente com Caldas Novas, formam a região das Águas Quentes, um dos principais destinos turísticos do Brasil”, avalia Fabrício Amaral.

Em âmbito nacional, a pesquisa mostrou que houve um aumento de 151% no número dos municípios que passaram a integrar a categoria A do Mapa do Turismo Brasileiro, mostrando que em todo o país têm sido registrados avanços no setor.

O mapeamento permite ao poder público identificar pontos que merecem mais atenção para a promoção de políticas públicas, e entender melhor sobre o impacto econômico do segmento turístico em todo o Brasil, principalmente regionalmente.

Formalização do setor turístico em Goiás

Em novembro deste ano, Goiás bateu o recorde de adesão de profissionais no Cadastur, atingindo a marca de 8.200 registros e passando a liderar o ranking de cadastros no Centro-Oeste Brasileiro. O número de prestadores de serviços turísticos que atuam de forma legal no estado passou de 1,280 em 2019 para 8.200 em 2024.

O documento que comprova a legalidade de profissionais e empresas turísticas, garante segurança ao viajante e vantagens aos trabalhadores da área.

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