Caso Valério Luiz: Polícia Civil realiza buscas na casa de jurado

Caso Valério Luiz mandado

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PC) cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de um jurado envolvido no julgamento do caso Valério Luiz. Nesta quinta-feira, 28, autoridades foram até a casa de um homem de 27 anos, o qual deu causa de encerramento no júri popular de junho deste ano.

Mandados de busca e apreensão

Por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Dercap), a PC foi até uma residência na Vila Alpes, em Goiânia. Os oficiais apreenderam computadores, celular, pen drive e documentos. Autoridades investigam se houve um possível crime de prevaricação do jurado.

“As investigações apuram as reais circunstâncias em que ocorreu a quebra da incomunicabilidade do referido jurado, que alegou ter abandonado o hotel em que estava hospedado, na madrugada do referido dia, devido a problemas de saúde em razão de ingestão de alimentos derivados do leite, já que, segundo ele, seria intolerante à lactose”, diz a nota da PC.

Com as buscas na residência do homem, o objetivo é esclarecer os fatos por trás do ocorrido no caso Valério Luiz. O julgamento, que começou em 14 de junho, sofreu adiamento inédito para 5 de dezembro, após um jurado passar mal. Posteriormente, houve a antecipação para 7 de novembro.

O Diário do Estado entrou em contato com a PC solicitando uma entrevista. Porém, a equipe foi informada que, devido à complexidade da investigação e ao necessário sigilo que requer o caso, o delegado responsável não vai responder aos questionamentos da imprensa.

Relembre o caso Valério Luiz

O jornalista, radialista e cronista esportivo Valério Luiz de Oliveira foi morto com cinco tiros dentro do carro dele. O crime aconteceu na porta da rádio 820 AM, no Setor Serrinha, por volta das 14h do dia 5 de julho de 2012.

Os cinco acusados do crime são Maurício Sampaio, que na época do crime foi criticado por Valério Luiz por deixar a diretoria do Atlético Clube Goianiense em meio a uma crise, e é apontado como mandante do crime. Urbano de Carvalho Malta, que teria contratado Ademá Figueiredo Aguiar Filho para cometer o homicídio contra o radialista.

Djalma Gomes da Silva, que teria ajudado no planejamento da ação e atrapalhado as investigações. Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria arrumado a moto, o capacete e uma camiseta para Figueiredo usar no crime.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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