De Rolândia a Nova Iorque: conheça 10 cidades brasileiras com nomes inusitados

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No total, existem 5.570 cidades no Brasil. Inevitavelmente, algumas delas possuem nomes no mínimo inusitados. O Diário do Estado preparou uma lista com dez para você. Fica aqui a menção honrosa para Pau Grande, que só não entrou na relação por se tratar de um distrito no município de Magé, no Rio de Janeiro, e não uma cidade.

Rolândia (PR)

O município de Rolândia, no norte do estado do Paraná, é uma das cidades mais lembradas quando o assunto é “nomes inusitados”. Apesar da alcunha que inspira aqueles que ainda não saíram da 5ª série, Rolândia se chama assim em homenagem a Roland, um lendário herói alemão. A cidade tem origem germânica, e isso motivou os ingleses que fundaram o local a usar a denominação, que abre margem para piadas.

Venha-Ver (RN)

Apesar do nome fazer parecer que os habitantes locais estão convidando pessoas de outras cidades a irem ver o lugar, a origem da alcunha é um pouco diferente. Existem duas versões.

Em uma delas, um fazendeiro incrédulo com a amizade entre sua filha e um escravo não acreditou quando recebeu a notícia de que os dois estavam conversando. A escrava que lhe contou insistiu, dizendo: “venha ver”. Na outra versão, o nome está relacionado à fusão do termo “vem” e “chaver”, do hebraico, que significa amigo ou companheiro. Vale ressaltar que a cidade possui uma forte origem judaica.

Anta Gorda (RS)

No século passado, moradores da região conseguiram a façanha de abater uma anta da espécie Tapirus terrestris. Segundo os nativos, era o o animal com o maior índice de gordura corporal da espécie. Por isso, resolveram batizar a cidade em homenagem à lendária caçada. Houve até uma troca de nome em 1910, para homenagear o político Carlos Barbosa, mas os habitantes bateram o pé e exigiram a volta da antiga nomenclatura, a qual permanece até hoje.

Cidades de Cafelândia (SP/PR)

Sim, são duas cidades diferentes com o mesmo nome. A origem de ambos é para lá de óbvia, nascendo por conta dos cafezais e da indústria do café nas regiões. Um fato curioso é que a Cafelândia paranaense chegou a se chamar Caixão, após colonizadores avistarem um caixão em um curso d’água, supostamente jogado por paraguaios. Contudo, o nome acabou sofrendo alteração.

Solidão (PE)

De acordo com o site oficial da própria Prefeitura de Solidão, o nome originou-se após o senhor Jesuíno Pereira comprar terras no local e convidar um padre para rezar uma missa em sua casa. “Quando o padre chegou na casa do senhor Jesuíno, disse: – Que solidão! – Jesuíno não sabia o que significava aquela palavra e perguntou ao padre o seu significado. O padre lhe respondeu que solidão é um lugar deserto, isolado. Desde então o local ficou sendo chamado de Solidão”, afirma a história.

Anitápolis (SC)

Não, esta cidade não tem nenhuma relação com a cantora Anitta, tampouco com a música em geral. A Anita que deu origem à identificação de Anitápolis é, na realidade, a guerreira Anita Garibaldi, que lutou na Guerra dos Farrapos. Melhor não confundir, não é?

Pintópolis (MG)

As almas que ainda não saíram da 5ª série devem achar esta cidade um deleite. Pintópolis se chama assim por conta de seu fundador, Germano Pinto. Provavelmente, Germanópolis teria ficado melhor e evitado quaisquer tipos de gracinhas, sobretudo por se tratar de uma cidade nova, com apenas 26 anos de existência.

Combinado (TO)

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o governador Mauro Borges levou ao local famílias de diversos estados do Brasil, e “foram distribuídos lotes agrícolas para as 1114 famílias, num total de 250 colonos que implantaram a 1ª Rurópolis, comportando quatro Rurópolis”. Todas combinaram-se com o núcleo urbano central (acampamento), e daí veio a denominação de Combinado.

Jesúpolis (GO)

Não podia faltar uma cidade goiana aqui na lista, certo? O nome Jesúpolis surgiu por sugestão padre José Milanez, significando “cidade de Jesus”. Jesúpolis tem 74 anos de história e população estimada de 2.497 pessoas, estando localizada na região central do estado de Goiás.

Nova Iorque (MA)

Quando se pensa em Nova Iorque, a cabeça automaticamente se direciona para a Estátua da Liberdade, a Times Square e a ilha de Manhattan. Não é o caso aqui. Porém, há uma relação clara entre a cidade do Brasil e a dos Estados Unidos. Inicialmente, o fundador Eduardo Burnet batizou a cidade maranhense de Vila Nova, mas depois decidiu salientar as suas origens, pois nasceu em Nova York.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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