Vídeo: Mãe diz que ‘ficou com medo” de filho superdotado

filho dotado

Filippo de Castro Morgado, de 5 anos, entrou para o clube mundial de pessoas com alto QI. A criança, que mora em São Paulo com a mãe, é um dos 2.014 brasileiros que integram o quadro de associados, sendo 58 deles menores de idade.

Segundo a mãe, Roberta de Castro, o resultado da entrada do filho para a sociedade foi confirmada no dia 21 de julho.

“Neste mês, descobri que a Mensa Internacional está recebendo laudos a partir de 2 anos (Son-R), então submeti o laudo dele à aprovação e, para a minha surpresa, foi aprovado imediatamente”, disse Roberta ao G1.

Bilíngue aos 3 anos

Roberta conta que, desde os 2 anos, Filippo apresentava indícios de comportamentos ”atípicos”. Segundo ela, os familiares e amigos percebiam e comentavam sobre a inteligência dele, acima da média para a idade em que estava. “O choque veio quando ele leu a placa dos carros no estacionamento do prédio aos dois anos e meio. A gente estava descendo para passear, ele parou, pediu para esperar e começou a ler todas as placas até chegar ao nosso carro.”

E não foi isso. A mãe ficou muito mais assustada quando a criança, que tinha apenas 3 anos, passou a falar inglês fluentemente depois de aprender o idioma sozinho, através de desenhos. Ele gostou tanto que começou a querer falar a língua dentro de casa, e a mãe precisou fazer aulas de idioma para acompanhá-lo.

Em um determina dia, Roberta resolveu acessar um checklist de questões de superdotados na internet e viu que os comportamentos pareciam muito familiares com os que ela observava no filho.

“Muitas coisas que a maioria deles têm: atenção extrema quando está desenvolvendo um projeto, facilidade de comunicação e de memorização, raciocínio lógico imediato, criar vários brinquedos a partir de um brinquedo. Eu falei, nossa, esse aqui é meu filho! E me deu um supermedo.”

Em 2021, a mãe tomou a decisão de procurar uma neuropsicóloga. Na época, Filippo, com 4 anos e 7 meses, foi submetido a um teste de QI com a metodologia do Son-R (não verbal), e teve o resultado: o menino alcançou o percentil de 99% em laudo e QI 134, relativo a uma criança de 7 anos e 8 meses, comprovando a superdotação.

A profissional também resolveu aplicar o teste Wisc IV em Filippo, mesmo que este tipo de teste apenas seja aplicado em crianças a partir de 6 anos. Ele foi submetido ao teste como treineiro, e o resultado comprovou as habilidade que a mãe já notava.

“No laudo, ele foi mais pontuado em aritmética, raciocínio lógico e memória. São os três pontos que ele foi acima da média para a idade dele. Além disso, o resultado mostrou que ele tinha, no ano passado, a idade cognitiva de 7 anos e 8 meses. Justamente por essa questão que ele pontuou muito alto na resolução de problemas de matemática”, destacou a mãe.

Mãe solo, ela conta que tem contado com a ajuda para garantir o atendimento educacional e psicológico de que o menino precisa. Ela ressalta que uma de suas maiores preocupações era encontrar uma escola estruturada para que Filippo, prestes a entrar em idade escolar, pudesse se desenvolver com qualidade. Roberta resolveu pediu ajuda e conseguiu uma bolsa em uma instituição privada, onde o filho tem trabalhado em seu desenvolvimento além de ter aulas particulares em casa.

Superdotados no Brasil

No Brasil, há 24.424 estudantes com altas habilidades/superdotação, segundo o Censo Escolar. Este número é, no entanto, pequeno se comparado a estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), de que 5% da população mundial tem algum tipo de alta habilidade.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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