Guarda espanhola intervém em sistema de votação da Catalunha

A Guarda Civil espanhola entrou neste sábado (30) no centro de telecomunicações do governo regional da Catalunha para bloquear os serviços de voto à distância para o referendo de independência da região, marcado para este domingo. As informações são da Agência EFE.

A magistrada Mercedes Armas ordenou na sexta-feira (29) que os responsáveis pelo Centro de Telecomunicações e Tecnologia da Informação (CTTI) catalão suspendam o acesso a 29 softwares que administram bases de dados que as autoridades da Catalunha pretendem usar na consulta popular.

O CTTI é uma empresa pública do governo da Catalunha que integra todos os serviços informáticos e de telecomunicações da administração regional.

O porta-voz do governo espanhol, Íñigo Méndez de Vigo, considerou nque o “bloqueio” das instalações do CTTI significa que “foi desferido um golpe na organização do referendo ilegal” que os independentistas pretendem realizar e que foi suspenso pelo Tribunal Constitucional do país.

Em declarações à imprensa, Méndez de Vigo ressaltou que o referendo “já foi cancelado pelo Estado de Direito”. A respeito da intervenção no CTTI, explicou que, desta forma, se evitou a utilização do voto à distância e a apuração de cédulas.

O governo catalão, que confirmou a intervenção da Guarda Civil, advertiu que o bloqueio do sistema informático para o voto telemático afetará de forma direta outros serviços.

Outra medida determinada pela Justiça espanhola para impedir a consulta separatista é o fechamento dos 2.315 centros de votação designados pelos responsáveis pelo referendo.

A polícia catalã (Mossos d’Esquadra) já está presente em pelo menos 1,3 mil centros, dos quais 163 (12%) estão ocupados desde a noite de sexta-feira por pessoas que tentam evitar que as instalações sejam fechadas, segundo dados da delegação do governo espanhol na Catalunha.

Enquanto isso, milhares de pessoas se manifestaram neste sábado no centro de Madri e em outras cidades espanholas como Santander, Logroño e Palma contra o referendo independentista e a favor da unidade da Espanha.

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Presidente do Chile é denunciado por assédio sexual

O presidente do Chile, Gabriel Boric, do partido Convergência Social, foi denunciado por assédio sexual, conforme confirmado pelo seu advogado, Jonatan Valenzuela, em um comunicado na segunda-feira, 25. A denúncia foi apresentada em 6 de setembro na Procuradoria Regional de Magallanes, região sul do Chile, de onde Boric é natural.

Segundo Valenzuela, a denúncia foi feita por uma mulher que, em 2013, enviou 25 e-mails “não solicitados nem consentidos” a Boric, contendo conteúdo explícito. Na época, Boric tinha 27 anos e havia concluído o curso de Direito. A defesa de Boric afirma que ele “rejeita categoricamente” a acusação e que o caso “não tem qualquer fundamento”.

Boric nunca teve uma relação afetiva ou de amizade com a denunciante e não tem comunicação com ela desde julho de 2014, segundo o advogado. Devido ao foro especial, Boric só poderá ser investigado por meio de um processo de cassação de imunidade parlamentar.

Outros casos

Este não é o primeiro caso de assédio sexual envolvendo Boric. Durante sua campanha eleitoral em 2021, ele foi envolvido em outro caso que nunca chegou a ser investigado criminalmente. Na ocasião, Boric negou qualquer envolvimento.

O caso ocorre em um contexto de outro escândalo de assédio sexual envolvendo integrantes do governo chileno. O ex-subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, foi acusado formalmente de violação e abuso sexual contra uma subordinada. Monsalve está em prisão preventiva desde 14 de novembro de 2024.

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