Como foi a volta às aulas nas redes públicas de Goiânia e Aparecida

Máscaras voltam a ser obrigatórias em aeroportos; escolas de Goiás podem retomar medida

Pelo segundo semestre consecutivo, as crianças matriculadas no ensino infantil e fundamental de Goiânia e Aparecida de Goiânia retornaram para colégios e creches nas redes públicas municipais. Agentes de trânsito estiveram em frente a unidades escolares de ambas as cidades para reforçar a importância de seguir as normas e preservar a segurança de pedestres e motoristas.

O primeiro dia de aulas em Goiânia começou com o início da entrega de kits de uniformes que, dependendo da faixa etária, contam com camiseta, calças, tênis, jaqueta, pares de meia e mochila.  O secretário de educação de Goiânia, Wellington Bessa, afirma que os novos kits vão propiciar mais dignidade aos estudantes e suas famílias. 

“Nossa motivação é a de oferecer uma educação transformadora, que dê aos jovens o direito de sonhar, com isonomia e compromisso social”, ressalta. Ainda neste ano, a Prefeitura da capital promete ampliar vagas na Educação Infantil, entregar novas unidades e inaugurar Laboratórios Makers e de Robótica.

Já na segunda mais populosa cidade goiana, uma solenidade com assinatura de ordem de convocação de 50 novos professores marcou a reabertura do semestre.

“Não temos dúvida de que houve prejuízos de aprendizado por conta da pandemia. Nossa responsabilidade daqui pra frente é promover a recomposição do conhecimento, atentando sempre para as nossas diretrizes curriculares”, destacou o secretário de educação de Aparecida de Goiânia, Divino Gustavo.

A orientação das autoridades em ambas as cidades é que todos sigam os protocolos de segurança estabelecidos pelas Secretaria Municipal de Saúde (SMS’s), como o uso de máscaras facultativo e a higienização do ambiente. Há 108 mil estudantes matriculados na capital em 374 unidades de educação – sendo 40 de ensino integral – e em Aparecida são 49 mil crianças nas 115 unidades da  rede municipal de ensino.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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