Procon Goiás apreendeu dois quilos de alimentos vencidos por hora, em 2022

A vida não está fácil para o consumidor goianiense, que além de pagar caro nos alimentos, corre risco de adquirir um produto impróprio para o consumo. Para se ter uma ideia da dimensão de produtos vencidos ou sem data de validade que são comercializados em estabelecimentos goianos, apenas em 2022, o Programa de Defesa do Consumidor de Goiás (Procon) apreendeu dois quilos de alimentos por hora, totalizando 48 quilos por dia e 1,4 toneladas por mês. 

Ao todo, durante os sete primeiros meses do ano, o órgão tirou de circulação 36 mil produtos vencidos ou sem data de validade em 88 cidades, que juntos somam 10 toneladas. O número de alimentos apreendidos este ano pelo órgão corresponde a 62% de todos os produtos que foram retiradas de circulação no ano passado, que somaram 16 toneladas.

“As apreensões são realizadas por meio de fiscalizações rotineiras que o Procon faz nos 246 municípios ou por denúncias que são apuradas pelo órgão. A empresa flagrada comercializando esses produtos é autuada e então ela responde a um processo administrativo. As multas variam de R$ 756 a R$ 11 milhões, a depender do porte da empresa e do potencial ofensivo do produto que seria comercializado”, explicou o superintendente do órgão, Levy Rafael.

Riscos à saúde

Para Levy, consumir alimentos que estejam fora da validade, mesmo quando a sua aparência é boa, pode causar sérios danos à saúde do consumidor como: dores estomacais, diarréia, infecção alimentar, vômitos e náuseas. Em casos extremos, a pessoa pode acabar vindo a óbito, principalmente se ingerir produtos derivados do leite.

“O consumidor precisa ficar atento à data de validade dos produtos. É necessário certificar se o alimento possui o selo do Inmetro, e se está em boas condições. Além disso, sempre exija a nota fiscal. Se o consumidor, por algum motivo, acreditar que o seu direito está sendo tolhido, basta procurar o Procon. O consumidor pode entrar em contato por meio do fone 191 ou pelo Procon Web”, concluiu.

Apreensão lanchonete 

Em fevereiro, os fiscais do órgão apreenderam cerca de 250 quilos de alimentos vencidos ou impróprios para o consumo (carne bovina, suína e frios) em uma panificadora e lanchonete localizada no Setor Sudoeste, em Goiânia.

No interior da câmara fria do estabelecimento, foram encontradas porções de carne já em avançado estado de putrefação, peças de frango mal acondicionadas – que deveriam estar congeladas – , além de frios e embutidos com o prazo de validade vencido. O estabelecimento comercial é reincidente e foi autuado.

O mesmo estabelecimento comercial, no entanto, já havia sido autuado pelo órgão de defesa do consumidor em maio de 2020 pela mesma infração. Na época, os fiscais apreenderam mais de 1,2 tonelada de produtos impróprios para o consumo.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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