José Eliton diz que não teme adversários na disputa de 2018

“Venha quem vier, nós vamos ganhar as eleições”, disse o vice-governador José Eliton ao fazer uma análise a respeito do cenário eleitoral de 2018. Pré-candidato ao governo pelo PSDB ele defende a consolidação de uma base sólida e convicta para a construção de uma agenda comum com vistas ao próximo pleito. “Um projeto não se constrói sozinho”, afirma, ao reforçar a importância de um diálogo com os segmentos da sociedade em todo o estado.

José Eliton disse que sempre nutriu grande admiração pelo PSDB de Mário Covas. “Eu era acadêmico de direito em Goiânia e naquele momento buscava estabelecer posições quando me identifiquei com a proposta que era levada por Mário Covas e ali começou uma identificação pessoal”, destaca. O vice-governador também ressaltou o papel de Henrique Santillo na construção da história do partido em Goiás, observando que, graças ao seu trabalho e esforço, o PSDB elegeu o governador Marconi Perillo, aos 35 anos de idade. “Ali ele consegue estabelecer as bases de um pensamento ideológico que transformaria o estado de Goiás”, avaliou ele durante o primeiro encontro do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) deste ano que reuniu dezenas de lideranças políticas do partido no Castro’s Park Hotel, em Goiânia, num pontapé para as eleições de 2018.

Ele também destacou o grande legado do governador Marconi Perillo que implementou importantes programas que hoje são referências para o país. “Fomos o primeiro estado que soube fazer um programa de transferência de renda com inteligência, o Renda Cidadã, auxiliando quem precisava, dinamizando a economia local, fomentando o emprego e gerando renda”, disse. O vice-governador citou, entre outras iniciativas, o Bolsa Universitária que já possibilitou a 170 mil jovens se formarem graças ao benefício. Segundo ele, o estado de Goiás acaba de inspirar mais uma iniciativa do governo federal que, recentemente, criou o Cartão Reforma, nos moldes do Cheque Mais Moradia.

Legado
O vice-governador ressalta a importância de cada um no partido e na base aliada defender o projeto que transformou o estado de Goiás. “O tempo novo é muito mais que um slogan, é um conjunto de ações que modificaram a estrutura do estado, é o resultado das ações individuais que se transformaram num grande ganho coletivo para o estado”, afirma. “É o conceito da social democracia aplicando na realidade, transformando milhares e milhares de vidas”, observa. Para o processo eleitoral, segundo José Eliton, o mais importante é a força do diretório, é a convicção ideológica, além dos resultados das administrações.

Outro ponto destacado, na esfera administrativa, mas, com consequências na esfera política, conforme lembra o vice-governador, é o otimismo deste momento, graças às decisões tomadas lá atrás, pelo governo de Goiás, aos primeiros sinais da crise ainda em 2014. Segundo José Eliton, foi justamente a preocupação do governador Marconi e as medidas tomadas naquele momento que garantem hoje as condições de otimismo para 2017 e 2018. “O governador teve a coragem de encaminhar à Assembleia o maior pacote de ajuste fiscal do país, reduzindo de 24 para 10 o número de secretarias, fizemos a racionalização das despesas públicas e muitas vezes fomos incompreendidos, fomos criticados”, disse ele, justificando que isso impediu que Goiás se transformasse no que são hoje estados como o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros que não conseguem pagar os salários dos servidores.

“E agora, nesse momento em que os prefeitos tomam posse nos municípios, o estado dispõe de R$ 2 bilhões para investimentos em 2017 e 2018, para iniciar um ciclo virtuoso”, destaca o vice-governador. Segundo ele, o governador Marconi Perillo é municipalista e vai transferir R$ 400 milhões desses recursos para os municípios, para as prefeituras. “Também serão retomadas obras estruturantes que vão impactar o desenvolvimento do estado”, afirma.

Diálogo
José Eliton falou da responsabilidade de se defender o acerto que foi a privatização da Celg “não só para a alocação de recursos, como também para promover o desenvolvimento do estado”. Ele informou que a Celg vai investir R$ 2,4 bilhões no setor elétrico nos próximos dois anos, movimentando a economia. Ele reafirmou que os recursos da privatização da Celg não serão pulverizados, como foram os de Cachoeira Dourada.

Segundo o vice-governador, em breve ele estará em todos os municípios, discutindo com prefeitos e sociedade organizada as suas necessidades. “Não compensa ser governo apenas para ocupar um espaço; é importante ser governo para transformar a realidade do estado e é justamente por isso que eu acredito e que me comprometi com o governador Marconi Perillo em defender um legado em 2018”, declarou José Eliton.

Segundo reforça, esse legado tem que ser mostrado. “Política se faz mostrando seus companheiros, seus amigos, quem tem vergonha dos companheiros não merece governar pois, se tem vergonha não está pronto para assumir responsabilidades. É por isso que eu acredito nos meus companheiros, em todos os tucanos, porque nós vamos juntos construir um projeto”, disse.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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