Amazonino Mendes assume governo do Amazonas pela quarta vez

Em uma breve cerimônia na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Amazonino Mendes (PDT) e Bosco Saraiva (PSDB) assumiram nesta quarta-feira (04) o governo do estado. A posse foi determinada pela Justiça, atendendo um mandado de segurança dos políticos contra a decisão da mesa diretora da Assembleia que havia marcado a solenidade somente para o dia 12 deste mês. A casa Legislativa ainda recorreu para manter a data, mas o Tribunal de Justiça negou, por unanimidade, a liminar. No discurso de posse, Amazonino ressaltou a importância do respeito entre os poderes Legislativo e Executivo, após a briga judicial pela data da posse.

“Um governante que não respeita o Legislativo, não é democrata. Como por igual, o Legislativo que não respeita o Executivo, também comete equívoco. E dentro dos princípios da celebração da harmonia entre os poderes, nós pretendemos também, independentemente das ações profícuas e eventuais de governo, estabelecer uma relação de absoluta tranquilidade, de paz e de respeito mútuo entre os poderes”, disse o governador.

Amazonino e Bosco venceram a eleição suplementar para o governo do estado realizada em dois turnos em agosto e cumprem um mandato tampão até dezembro de 2018, ano de novas eleições em todo o país. O pleito foi determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio, quando cassou os mandatos de José Melo (Pros) e Henrique Oliveira (SD). O novo governador agradeceu ainda ao povo amazonense que o elegeu pela quarta vez.

“Quero deixar claro para os que estão presentes que o Amazonino não se sente governador. O Amazonino se sente um escravo do povo. Um homem que vai cumprir esse pedaço de mandato com a fronte erguida, com honra, decência, dignidade e, sobretudo, espírito público. Todos sabem que nossa campanha foi fundamentada no amor. Então nós não trazemos no espírito rancor, ódio. Serei o governador de todos os amazonenses de forma equilibrada e justa”, disse.

Já empossado, Amazonino Mendes concedeu entrevista coletiva à imprensa na sede do governo. Ele destacou que um dos compromissos à frente do estado será equilibrar as contas públicas, e que dará atenção especial às áreas de saúde e de segurança, avaliadas por ele como as mais deficitárias.

O governador anunciou mudanças em todas as secretarias e órgãos do executivo estadual. Os novos secretários serão empossados na quinta-feira (05).

Fonte: Agência Brasil

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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