Tendência nacional, mais lares goianos passam a ser chefiados por mulheres

Na casa de Irlândia Barros, o comando é exclusivo dela. A morte do marido a fez assumir o posto de responsável pelas contas mensais e pelos filhos. A situação ocorre também em 53,3% dos lares de Goiânia e em 47,1% dos domicílios no estado, com mulheres chefiando os lares, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Irlândia mora com dois filhos, um de 15 anos e outro de 11 anos, e em breve deve hospedar a filha de 17 anos, que é mãe e está desempregada. Os gastos básicos incluem alimentos e o aluguel de R$500. A sobrecarga para a mulher, de 33 anos, resulta em muita preocupação com o dia seguinte e a faz buscar alternativas para aumentar a renda mensal de um salário mínimo que vem do trabalho como balconista.

“Não está dando para manter a minha casa e, às vezes, a gente nem tem o que comer. Meus filhos ficam na escola de manhã e em uma entidade filantrópica à tarde que, de vez em quando, doa cestas básicas. Quando a coisa aperta demais, eu peço ajuda ao meu irmão. Vou ver se consigo arrumar mais faxina. Nesta semana fiz uma pela manhã e ganhei R$70”, detalha.

A percepção de que a maioria das mulheres sustenta a casa e a família foi provada em números. Os dados de 2012 mostram que as estatísticas goianas e goianienses eram mais tímidas, na casa dos 30%. Segundo o IBGE, em 1950, cerca de 12% dos lares já eram chefiados por mulheres no Brasil. Em 2000, o número subiu para 26%. Depois para 35% em 2009 e 45% em 2008. Atualmente, em apenas 34% das famílias chefiadas por mulheres há um cônjuge.

Embora mais presentes no mercado de trabalho, a remuneração delas é inferior à dos homens. A melhor qualificação do público feminino não é o suficiente para superar a marca de redimento mensal 30% inferior comparado ao dos homens nem de aumentar os ganhos salariais, de acordo com informações do IBGE em Goiás.

O papel da renda obtida por meio da Previdência Social e de programas governamentais de renda se torna estratégico para ajudar as mulheres no sustento familiar. Por serem mais vulneráveis e terem sido bastante impactadas pela crise econômica gerada pela pandemia, elas se tornaram o foco do Renda + Mulher, da Prefeitura de Goiânia. Cerca de 8 mil delas já foram contempladas com o benefício de R$ 300 mensais durante seis meses para ser gasto com despesas em estabelecimentos localizados da capital.

 

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Funcionário furta R$ 1,5 milhão de banco no ES e tenta fugir para o Uruguai

Um funcionário do Banco do Brasil no Espírito Santo foi flagrado pelas câmeras de segurança furtando R$ 1,5 milhão da tesouraria da agência Estilo, localizada na Praia do Canto, em Vitória. O crime ocorreu no dia 14 de novembro, quando Eduardo Barbosa Oliveira, concursado há 12 anos, deixou o local carregando o dinheiro em uma caixa de papelão por volta das 17h.

De acordo com a Polícia Civil, o furto foi planejado por Eduardo e sua esposa, Paloma Duarte Tolentino, de 29 anos. A dupla chegou a alterar a senha do cofre, adquiriu um carro para a fuga e embalou objetos pessoais, sugerindo uma mudança iminente.

Após o crime, os dois tentaram fugir percorrendo mais de 2.200 quilômetros até Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, com o objetivo de cruzar a fronteira com o Uruguai. Contudo, foram presos no dia 18 de novembro graças à colaboração entre a polícia e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Compra do carro com dinheiro furtado

Durante as investigações, a polícia descobriu que Paloma esteve na agência no dia do furto para depositar R$ 74 mil, parte do valor roubado, e utilizou esse dinheiro para comprar o veículo usado na fuga. Com as informações obtidas na concessionária, as autoridades identificaram o carro e conseguiram localizar o casal, prendendo-os no mesmo dia.

O caso foi denunciado pelo próprio Banco do Brasil após perceber a ausência do montante em seus cofres.

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