Nike: bloqueio na personalização de camisa da seleção “foge da esfera da Justiça”

camisa Seleção Brasileira Nike

Nem Lula, nem Bolsonaro, tampouco Ciro Gomes ou Simone Tebet. Pelo menos não na camisa nova da Seleção Brasileira. A Nike bloqueou a personalização com os nomes dos principais políticos que concorrem à presidência da República neste ano. O Diário do Estado entrou em contato com o advogado Dyogo Crosara, para conversar a respeito da decisão da empresa.

Sem política na Seleção

Na última segunda-feira, 8, a Nike iniciou oficialmente as vendas dos uniformes da Seleção Brasileira, que serão utilizados durante a Copa do Mundo do Catar. O sistema do site logo sofreu uma sobrecarga, devido à grande demanda do público pelas camisas. Na versão para torcedores adultos, os preços são de R$ 349,99, tanto da amarela quanto da azul. A versão infantil custa R$ 299,90.

Pouco depois do lançamento oficial, o público começou a perceber que a empresa bloqueou o uso de certos termos na personalização da camisa. Nomes de políticos como Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) estão indisponíveis.

“Jair 22”, “Lula 13”, “Ciro 12” e “Simone 15” também entram na lista de proibições. No entanto, as pessoas que tiverem os mesmos nomes dos candidatos (no caso de Lula, seria Luiz) podem personalizar o próprio uniforme da Seleção, contanto que não tenha vinculação com o número do candidato em questão.

“A Nike, como descrito na própria página, não permite customizações com palavras que possam conter qualquer cunho religioso, político, racista ou mesmo palavrões. Este sistema é atualizado periodicamente visando cobrir o maior número de palavras possíveis que se encaixem nesta regra”, diz um comunicado da empresa.

A decisão da Nike

Segundo o advogado Dyogo Crosara, o bloqueio da Nike não traz nenhuma implicação no aspecto eleitoral. Pode até haver uma questão de responsabilização comercial da empresa, mas no aspecto eleitoral isso passa ao largo.

“Essa questão foge da esfera da Justiça Eleitoral. Na verdade, é uma questão comercial da empresa. Eu não vejo nenhum precedente sobre isso, de um fornecedor bloquear uma personalização específica para evitar a utilização, mas vamos lembrar que existe na jurisprudência da Justiça Eleitoral dizer que esse tipo de camisa não representa uma propaganda eleitoral”, afirma.

Além de nomes de políticos, a Nike bloqueou o uso de ideologias como “comunismo” e “socialismo”. O custo da personalização é de R$ 14,99 para adicionar seu nome e R$ 19,99 para colocar um número de sua escolha. No momento da publicação desta matéria, o uniforme azul da Seleção estava temporariamente esgotado. A amarelinha segue disponível.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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