Banco de Perfis Genéticos de Goiás auxiliou mais de 300 investigações criminais

Desde 2020, mais de 300 investigações foram realizadas com o auxílio de uma das ferramentas mais importantes à disposição da Polícia Técnico-Científica de Goiás: o Banco de Perfis Genéticos (BPG). O sistema colabora decisivamente na apuração de crimes, assim como na instrução dos processos e, ainda, na identificação de pessoas desaparecidas.

Essa colaboração se dá por meio do compartilhamento e comparação dos perfis genéticos, feitos a partir do cruzamento das informações de condenados por crimes hediondos como estupros e homicídios, com o DNA colhido no corpo das vítimas e também nos locais dos crimes.

“A perícia criminal é responsável por produzir o que o Judiciário considera a ‘rainha das provas’, que é a prova técnica, fundamental para a elucidação de crimes”, diz a administradora do Banco de Perfil Genético em Goiás, Mariana Flávia da Mota. A perita explica que o banco faz as buscas dos perfis junto a condenados e com base em vestígios. “Então, o sistema apresenta as coincidências genéticas e a polícia investiga com base nisso”.

Todo o exame é realizado no Laboratório de Biologia e DNA Forense da Superintendência de Polícia Técnico-Científica.  Em seguida, o perfil é inserido em um banco virtual, que é consultado para confirmação da autoria de um determinado crime que está sob investigação.

Casos de grande repercussão, como o de Wellington Ribeiro da Silva, considerado o maior estuprador em série de Goiás, tiveram esse auxílio decisivo, o que resultou na associação do criminoso, preso em 2019, a 37 vítimas e sua condenação em 11 casos, até o final do ano passado.

Crescimento constante

Mas, o Banco de Perfis Genéticos não é uma ferramenta estática. Ao contrário, cresce e se qualifica continuamente com o incentivo financeiro do Governo Federal, o suporte do governo de Goiás e a dedicação de peritos criminais, médicos legistas, auxiliares de autópsia e de laboratório, fotógrafos criminais e agentes administrativos, que formam o corpo de servidores da Polícia Técnico-Científica.

Essa comunhão de esforços e expertises já levou o banco à marca de mais de 14 mil perfis genéticos, mil coincidências genéticas e a participação direta em mais de 300 investigações criminais desde 2020. “Temos uma equipe altamente qualificada e dedicada, o que garante a qualidade dos nossos resultados e coloca a Polícia Técnico-Científica de Goiás em posição de referência no Brasil”, comemora a perita Mariana Flávia.

A afirmação da perita é atestada pelo relatório da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, do segundo semestre de 2021. Segundo o documento, o BPG goiano é o segundo do país em número de matches (quando há casamento entre os materiais analisados), terceiro em perfis genéticos de vestígios e segundo na identificação de pessoas desaparecidas.

 

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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