COI suspende provisoriamente Comitê Olímpico do Brasil

Após a prisão temporária do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, na Operação Unfair Play – Segundo Tempo ontem (5), o Comitê Olímpico Internacional (COI) suspendeu o COB e Nuzman provisoriamente de suas atividades junto à entidade internacional. O anúncio foi publicado hoje na página oficial do COI.

Segundo a nota, o Conselho de Administração do COI tomou a decisão baseado nas acusações contra Nuzman, de ter intermediado suposta compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos 2016. Com isso, o dirigente brasileiro foi retirado da Comissão de Coordenação dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e teve suas prerrogativas e funções como membro honorário do comitê internacional suspensas.

Com relação ao COB, a suspensão provisória impõe o congelamento de subsídios e pagamentos do COI à entidade brasileira, que também está sem permissão para “exercer seus direitos em Associações Olímpicas Nacionais (NOC associations, na sigla em inglês).

A decisão não afeta os atletas brasileiros e uma equipe do país será aceita nos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018, bem como nas outras competições sob os cuidados do COI. As bolsas olímpicas para atletas brasileiros também continuarão a ser pagas.

Sobre o Comitê Organizador Rio 2017, o COI informa que cumpriu todas as obrigações até dezembro de 2016, com contribuição financeira significativamente maior do que as obrigações contratuais, “levando em consideração a grave crise que afeta o país”. As relações do COI com o Comitê Organizador também foram suspensas provisoriamente.

“O COI reitera seu compromisso total com a proteção da integridade do esporte e continuará a tratar de qualquer questão que afete tal integridade, conforme as regras e regulamentos de seu sistema de governança recentemente reformado”, informou a entidade.

“Para acompanhar este caso de modo adequado, o Conselho Executivo solicita a todas as autoridades judiciais que forneçam à Comissão de Ética do COI, o mais breve possível, todas as informações disponíveis. O COI seguirá cooperando plenamente com todas essas autoridades judiciais. É do mais alto interesse do COI poder esclarecer por completo tais questões relativas a um Membro do COI, ou a um Membro Honorário do COI, o mais rápido possível, a fim de proteger sua reputação como organização”, completou.

Fonte: Agência Brasil

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Raphael Veiga: a reviravolta do protagonista no Palmeiras antes do confronto crucial contra o Botafogo

De ponta a volante: como Raphael Veiga voltou a ser protagonista no Palmeiras

Meia viveu momento de baixa, foi pro banco e se reinventou no time de Abel Ferreira em duas novas funções táticas

O Palmeiras contará com um velho protagonista para um dos jogos mais importantes do ano: o meia Raphael Veiga. Autor de três gols nas últimas três vitórias da equipe, ele será novamente peça-chave na “final antecipada” contra o vice-líder Botafogo, nesta terça-feira (26), na Arena Palmeiras.

Após vencer o Atlético-GO por 1 a 0 e aproveitar o empate do Botafogo com o Vitória por 1 a 1, o Verdão reassumiu a liderança e se reinventou na temporada.

O renascimento de Veiga começou na vitória por 2 a 1 contra o Vasco. Com Estêvão lesionado, Abel surpreendeu ao manter o esquema 4-2-3-1, desta vez posicionando Veiga pelo lado direito. Nessa função, ele ajudou o time a conter as investidas do lateral-esquerdo Lucas Piton, do Vasco, enquanto criava jogadas em parceria com Maurício.

O bom desempenho rendeu a Veiga a titularidade na sua posição tradicional: meia centralizado na linha de três armadores, atrás de Flaco López. Com Felipe Anderson pela esquerda e Estêvão de volta pela direita, ele teve boas atuações nos jogos contra o Juventude e o Fortaleza.

No entanto, a derrota por 2 a 0 no clássico contra o Corinthians levantou questionamentos para Abel. Com Zé Rafael ainda sem ritmo após lesão e Dudu retomando sequência, o treinador português decidiu reposicionar Veiga como um segundo volante — um tradicional camisa 8, que arma o jogo desde o campo defensivo.

O jogador passou a percorrer mais o campo, buscando a bola desde os zagueiros ou laterais, que agora atuam mais pelo centro para construir as jogadas. Pelos lados, Estêvão e Felipe Anderson (ou Dudu) jogam mais fixos pelos lados, criando jogadas de linha de fundo. Além de qualificar a saída de bola, Veiga consegue atuar de área a área, chegando como elemento surpresa junto com Maurício.

O gol contra o Atlético-GO é um exemplo clássico dessa estratégia na reta final do Brasileirão: jogada pela lateral e Veiga aparecendo de surpresa na área. Nos últimos dez jogos, ele e Estêvão participaram diretamente de 20 gols do Palmeiras.

Para o confronto com o Botafogo, o Palmeiras terá o retorno de Murilo. Abel deve manter Veiga como meia central. Com 70 pontos, o Verdão lidera o Brasileirão graças ao número de vitórias. O Botafogo, com a mesma pontuação, soma 20 vitórias contra 21 do Palmeiras.

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