Adriana Accorsi recebe ameaça pelo Facebook: “quero saber o dia do seu velório”

Adriana

A deputada estadual Delegada Adriana Accorsi, do PT de Goiás, é mais uma vítima da violência política e eleitoral. Ela, que é candidata a uma cadeira na Câmara dos Deputados recebeu ameaça em resposta a um post que publicou no Facebook, no último dia 8 de julho. “Quero saber o dia do seu velório”, comentou um usuário, que traz o perfil uma foto ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL). A pessoa em questão se diz morador de Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia.

A parlamentar registrou Boletim de Ocorrência (BO) e também notificou a Ouvidoria da Mulher do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) sobre a ameaça, que se estendeu à família dela. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Adriana disse que a Polícia Civil vai investigar o caso e comentou que Goiás é “um ambiente mais difícil para mulheres participarem da política”.

A deputada petista disse ainda ao veículo que isso se reflete na pouca participação feminina nos pleitos e seguiu: “Ainda assim, eu vejo que essa violência é insuflada pelas autoridades nacionais e tem acontecido em todo o País”. Esta, no entanto, não foi a primeira vez que a família de Adriana Accorsi é vítima de ameaças.

Em 2020, ela registrou outro B.O. depois de receber, no Instagram, mensagem dizendo que “não existe policial esquerdista”, que “sua família é fácil de ser encontrada” e ainda uma mais específica: “Comunista (sic) já comprou caixão da Verônica e da Helena?”, em referência às filhas de Adriana Accorsi.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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