Varíola dos macacos: Goiás tem aumento de 93,33% e primeiras infecções em mulheres

Os últimos dias trouxeram duas novidades que tornam ainda mais preocupante o cenário de avanço da Monkeypox em Goiás: o aumento de 93,33% no número de casos desde a última sexta-feira, 12, e as duas primeiras confirmações de mulheres infectadas pela doença, conhecida popularmente como varíola dos macacos. Os dados constam do boletim informativo divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), nesta segunda-feira, 15.

Assim, já são 116 os pacientes acometidos pela doença. Todos eles têm idades entre 20 e 47 anos. Além disso, 98,3% são homens. Apesar do crescimento dos casos confirmados no estado, ainda não se registrou nenhuma ocorrência de mais gravidade.

Goiânia segue sendo a cidade com maior número de casos, com 95 confirmações. Logo em seguida vem Aparecida de Goiânia, com 13 confirmações, Valparaíso e Cidade Ocidental, com dois casos cada, e as cidades de Águas Lindas, Inhumas, Itaberaí e Luziânia que contam com um caso cada.

Além dos 116 casos confirmados de varíola dos macacos, o estado ainda aguarda resultado de exames 209 possíveis infectados. Além disso, a pasta já recebeu 412 notificações de suspeita da doença e 86 foram descartadas. E quatro pacientes contaminados já receberam alta médica. E um caso provável da doença, é monitorado.

Emergência em saúde

Na última terça-feira, 9, o Ministério da Saúde (MS) classificou a Monkeypox como uma ameaça nacional de nível máximo. Já são quase 2,9 mil casos confirmados e a mesma quantidade de suspeitos, o que põe em alerta o Sistema único de Saúde (SUS).

“Este evento constitui uma situação de excepcional gravidade, podendo culminar na declaração de emergência em saúde pública de importância nacional ”, destaca a pasta no no plano de contingência.

A doença não tem remédios ou vacina, por isso a decisão de optar por enquadrar o atual cenário epidemiológico no grau 3. Com a medida, os órgãos públicos devem estar atentos para a ocorrência de novos casos.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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