Barcelona: Manifestantes defendem unidade da Espanha

Milhares de pessoas se manifestam neste domingo (8) em Barcelona, em defesa da unidade da Espanha, a dois dias da plenária do Parlamento catalão, na qual pode haver uma declaração unilateral de independência. Convocados pela organização Sociedade Civil Catalã sob o lema “Basta! Recuperemos a sensatez”, os cidadãos percorreram o centro da capital catalã com bandeiras da Espanha, da Catalunha e da União Europeia, gritando palavras como “Viva a Espanha e Viva a Catalunha!”. A informação é da Agência EFE.

À manifestação estiveram presentes representantes de diferentes partidos, entre eles o presidente do governamental Partido Popular (PP) na região, Xavier García Albiol.

“Não vamos permitir nem uma independência no presente e nem uma independência por períodos, que tenham isso muito claro”, disse Albiol.

A ministra espanhola de Saúde, a catalã Dolors Montserrat, assegurou que o governo de Mariano Rajoy “não vai abandonar” nenhum catalão.

Como representante dos socialistas catalães, o secretário de Organização, Salvador Illa, aposta na “sensatez, no respeito ao Estado de Direito” e no “diálogo”. Ele defende a negociação de “um novo pacto entre a Catalunha e a Espanha”.

Hora antes do início da manifestação, cerca de 400 pessoas se concentraram também em Barcelona para agradecer à polícia e à Guarda Civil espanholas pela defesa da ordem constitucional e pelo “exemplar comportamento” em 1º de outubro, quando foi realizado o referendo de independência, suspenso pela Justiça.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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