Jovens que cumprem medidas socioeducativas em Anápolis são contratados como menores aprendizes

Goiás tem queda de 24,1% no número de adolescentes em unidades de medida socioeducativa de meio fechado

Jovens do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Anápolis, a 55 km de Goiânia, são encaminhados para o mercado de trabalho. A ação ocorreu por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds). Os adolescentes trabalham como menores aprendizes, com carteira assinada e recebem meio salário mínimo. Dessa forma, gozam de todos os direitos e garantias previstos na lei trabalhista para a categoria.

De acordo com a Seds, os menores realizaram um curso de capacitação, incluindo teoria e prática, com carga horária de 160 horas. Agora, aguardam os trâmites de contratação para iniciar o trabalho na confecção, que fica dentro da própria unidade socioeducativa. Os adolescentes executam os serviços em um período e estudam no outro.

Jovens que cumprem medidas socioeducativas fazem planos para o futuro

O objetivo da oferta de trabalho aos adolescentes, que cumprem medidas socioeducativas, é prevenir a reincidência criminosa. O projeto também atende familiares dos adolescentes. Como é o caso da mãe de um interno que foi empregado pela confecção.

O menor identificado apenas como, M.M.G.S., de 17 anos, está ansioso pela contratação e faz planos de alugar uma casa e começar uma nova vida quando estiver em liberdade. “Eu jamais ia conseguir uma oportunidade dessas na rua”, declara. Já G.M.B, que completou 18 anos neste mês, tem as mesmas expectativas, e quer ajudar, principalmente, o filho de três anos. “Comprar as coisas para ele”, resume o jovem.

Sobre o projeto

Esta é a quinta turma do projeto Transformando Vidas, que capacita internos em uma atividade laboral. O projeto, iniciado em março de 2021, já inseriu no mercado de trabalho 45 adolescentes que cumprem pena por algum ato infracional.

A coordenadora dos cursos profissionalizantes do Case Anápolis, Lilane Victor do Carmo Santos, ressalta que o projeto Transformando Vidas proporciona qualificação, oportunidade profissional e remuneração condizente com a lei. “A maioria dos jovens ajuda suas famílias com o dinheiro que recebem e isso é muito gratificante para eles, principalmente, pelo histórico de infrações que têm. O projeto proporciona esperança de uma vida melhor”.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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