OMS inicia campanha de vacinação contra o cólera, amanhã

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceiros realizam a partir de amanhã (10) r, em Bangladesh, a segunda maior campanha do mundo de vacinação oral contra o cólera. A ação será realizada no campo de refugiados rohingya na localidade de Cox’s Bazar. A informação é da ONU News.

Segundo a OMS, centenas de agentes de saúde e voluntários foram mobilizados para entregar 900 mil doses da vacina OCV a mais de 650 mil homens, mulheres e crianças que estão vivendo em acampamentos superlotados na região, com dificuldades de acesso à água limpa, saneamento e higiene.

Desde o fim de agosto, mais de meio milhão de pessoas chegaram a Bangladesh fugindo do estado de Rakhine, em Mianmar. Segundo o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) cerca de 60% dos refugiados são crianças.

A menos de 24 horas do início da campanha, o diretor regional de emergência da Organização Mundial da Saúde para o Sudeste Asiático, Roderico Ofrin, disse que os riscos foram avaliados e que a ação “provavelmente salvará muitas vidas”. Ele afirmou ser essencial que a campanha de vacinação seja acompanhada de um aumento nos serviços de água e saneamento.

Segundo Ofrin, a imunização em massa fornecerá proteção vital contra o cólera, especialmente nos próximos seis meses, mas a vacinação por si só não é substituto para água limpa, saneamento adequado e boa higiene. A ONU calcula que serão necessários US$ 434 milhões para ajudar os refugiados da minoria rohingya nos próximos meses.

O apoio técnico e operacional da OMS à campanha de vacinação é parte de sua resposta à emergência. Desde agosto, a agência ajudou a planejar e implementar campanhas contra sarampo, rubéola e pólio que protegeram mais de 100 mil crianças.

Risco real, ação urgente

Uma avaliação dos riscos de saúde no local foi realizada por autoridades nacionais com o apoio de agências das Nações Unidas, como a OMS, o Unicef, a Agência da ONU para Migrações (OIM), e a ONG Médicos Sem Fronteiras (MsF). A conclusão foi que o risco de um surto de cólera é “real e a necessidade de agir é urgente”.

A Agência da ONU para Refugiados (Acnur), já está atuando com autoridades de Bangladesh para conter surtos de diarreia nos acampamentos onde estão os rohingyas que fugiram de Mianmar.

Fonte: Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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