Na última quinta-feira, 11, uma família neozelandesa encontrou partes de corpos humanos dentro de uma mala arrematada em um leilão realizado na cidade de Auckland, Ilha Norte da Nova Zelândia. Os policiais locais anunciaram nesta quinta-feira, 18, que os corpos são de duas crianças entre cinco e 10 anos de idade.
Quem descobriu os corpos foi um dos vizinhos da família, após sentir um cheiro forte de algo em decomposição . A família tinha acabado de voltar do leilão de uma empresa que aluga depósitos para armazenagem. Leilões como estes são comuns na Nova Zelândia.
“Eu podia sentir o cheiro daqui de casa. Eu pensei que era um gato morto ou algo assim”, disse o vizinho ao jornal The New Zealand Herald. “Eles trouxeram um contêiner de coisas de volta do centro. Como eles não sentiram o cheiro? Sou um caçador de porcos e quando a carcaça fica ruim é o mesmo cheiro. Por isso, pensei que fosse um animal morto.”
Um outro vizinho que estava no local contou que havia coisas de criança na parte de trás do contêiner, como: carrinhos de bebê, brinquedos e andador, que segundo as autoridades, foi o que ajudou na identificação das características das vítimas.
O inspetor Teófilo Faamanuia Vaaelua, que está liderando a investigação, disse à imprensa local que a família não está envolvida no incidente e que os corpos provavelmente estavam guardados há anos.
“Notamos que há um interesse público significativo no que ocorreu, no entanto, dada a natureza da descoberta, ainda há uma série de investigações a serem realizadas”, diz o inspetor.
Vaaelua destaca que a polícia do país está trabalhando com a agência internacional Interpol no caso. Tanto o depósito onde as malas estavam guardadas antes do leilão quanto a casa da família que as comprou estão sendo examinados.
Segundo a polícia, os familiares das vítimas provavelmente moram no continente, além de considerarem que eles não saibam que as crianças estão mortas.
“Estamos fazendo o nosso melhor para identificar as vítimas…o que posso dizer é que estamos fazendo um progresso muito bom com a investigação do DNA”, disse Tofilau. “A equipe de investigação está trabalhando muito para responsabilizar a pessoa ou pessoas responsáveis pela morte dessas crianças”, finalizou.