Uma cápsula de Césio, elemento radioativo comumente usado em máquinas de raio-X, pode ter sido encontrada em uma casa da Vila Santa Isabel, na região Norte de Anápolis. A suspeita é de que a moradora, que seria uma acumuladora, teria guardado a cápsula do Césio em casa.

O Corpo de Bombeiros foi chamado para atender a ocorrência e isolou o local na tarde desta sexta-feira, 19, após confirmar a suspeita. Sem equipamentos adequados, os militares não podem retirar a cápsula e investigar se, de fato, trata-se do material radioativo.

Segundo relato inicial, a cápsula estaria ainda intacta. Uma equipe de Goiânia, especializada em produtos perigosos e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) estão na cidade para atestar se trata-se do elemento radiológico. Eles utilizarão o detector FAG para medir se existe a presença de radiação ionizante no local.

“A equipe está no local para averiguar se há radiação no bloco de concreto que foi encontrado intacto. A suspeita é de que seja um cabeçote de um equipamento de raio-X odontológico. Caso seja comprovado que realmente seja um equipamento deste tipo, a chance de transmitir radiação é mínima. No entanto, caso exista radiação, ela está contida no recipiente, não sendo possível causar contaminação”, explicou o tenente do Corpo de Bombeiros, Alex Glauco.

Outra denúncia

Depois de isolar a casa, a corporação foi acionada para outra denúncia envolvendo uma maquina de raio-X. No entanto, desta vez, é em um ferro velho também na cidade, conforme explicou o tenente Alex.

“Estamos indo para outro endereço em um ferro velho averiguar mais uma denúncia. Ao que tudo indica, uma catadora de reciclagem levou a maquina até um ferro velho. O dono do local acionou a nossa equipe que agora segue para o local”, concluiu.

O maior acidente radioativo em área urbana do mundo aconteceu em Goiânia, em setembro de 1987, depois que uma cápsula de Césio-137 foi aberta. Ainda hoje, existem pessoas que foram atingidas pela radiação.

Acidente Césio

Um dos maiores acidentes com o isótopo Césio-137 teve início no dia 13 de setembro de 1987, em Goiânia, Goiás. O desastre fez centenas de vítimas, todas contaminadas por meio de radiações emitidas por uma única cápsula que continha Césio-137. Algumas pessoas morreram e outras ficaram deformadas pelo resto da vida pelo elemento radioativo.