Prefeitura libera tráfego no viaduto da T-63 na próxima segunda, 22

Pouco mais de um mês após incêndio no viaduto da T-63, o trânsito no local finalmente tem data para ser liberado. O fluxo de veículos será retomado na próxima segunda-feira, 22, às 5 horas. O trecho foi interditado após uma pessoa em situação de rua deixar cair uma pedra de crack  na estrutura do elevado durante a madrugada e usar fogo para iluminar o local a fim de encontrá-la. O tráfego no anel interno foi liberado quatro dias após o susto, em 19 de julho. 

“Neste fim de semana, será concluída a remoção das placas. A liberação ocorre após conclusão das análises técnicas, que comprovaram a segurança da estrutura”, destacou o prefeito Rogério Cruz em seu perfil no Twitter na tarde desta sexta-feira, 19.

O secretário Municipal de Infraestrutura, Everton Schmaltz, explicou que técnicos da pasta estiveram no local e realizaram vistoria. “Foi constatado que a estrutura está estável e segura”, diz. Os servidores retirarão as últimas placas de material de alumínio composto (ACM) durante o fim de semana.

Uma perícia foi realizada por equipes da Defesa Civil e Polícia Civil. As ações de recuperação da estrutura começaram alguns dias depois do incêndio que destruiu as placas metálicas de fixação compostas por material de alumínio composto (ACM) e ajudaram a propagar as chamas. Elas serão substituídas por obras de arte urbana em breve, a exemplo dos novos viadutos da capital, de acordo com o prefeito.

Dois pilares do viaduto foram atingidos pelas chamas, mas a estrutura não foi afetada. O fogo foi controlado duas horas após trabalho intenso do Corpo de Bombeiros. O revestimento externo das faces foi reforçado. O suspeito foi preso por policiais da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Ele foi indiciado e deve responder pelo crime de dolo eventual, pois sabia dos riscos. 

As investigações apontaram que o autor do incêndio tem passagens pela polícia por roubo, desacato e uso de drogas. Ele já foi abordado 14 vezes pela Polícia Militar (PM) desde janeiro de 2021. Por outro lado, o nome dele não consta no registro de abordagens feitas pelos serviços da Prefeitura de Goiânia, ofertados a pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade.

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Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

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