“Política no Brasil virou coisa suja, vergonhosa e mentirosa”, diz Ciro

Em agenda na cidade Fortaleza (CE) neste domingo, 21, Ciro Gomes (PDT), candidato à presidência, fez um desabafo sobre o processo político no Brasil. Política no Brasil virou coisa suja, vergonhosa e mentirosa”, disse Ciro.

A declaração foi dada enquanto Ciro discursava no lançamento da campanha de Antônio Henrique (PDT-CE), candidato a deputado estadual.

Ciro Gomes aproveitou o discurso para criticar o sistema político e a desigualdade social no e falou ainda sobre a desigualdade de renda e a fome no Brasil.

“Trinta e três milhões de pessoas no Brasil, mais de 1,5 milhão de cearenses amanheceram sem um pedaço de pão. Vamos imaginar o que é um pai de família, uma dona de casa sem ter o que comer. O menino dizer: mãe, está roendo meu estômago. O Brasil precisa mudar”, disse.

Sobre o processo eleitoral, Ciro Gomes admitiu que tem a corrida tem sido “difícil” e mencionou que nenhum presidente eleito é da sua terra natal, o Ceará.

“Estou nessa contramão. Nunca enrolaram em meu nome em qualquer malfeito, qualquer processo. Porque sou candidato? Porque o Brasil precisa mudar”, concluiu.
Ainda neste domingo Ciro Gomes deve participar do lançamento da campanha de Roberto Cláudio (PDT), candidato a governador, na capital cearense.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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