Preso marido de vereadora suspeito de abuso sexual em Santa Isabel, interior de Goiás

Um suposto crime sexual, ocorrido na véspera do Dia dos Pais, é atribuído ao marido de uma vereadora de Santa Isabel, cidade a cerca de 190 quilômetros de distância de Goiânia. O homem estaria embriagado e teria abusado sexualmente de uma jovem de 22 anos na casa dele mesmo. Um laudo pericial confirmou o estupro. Ele está no presídio de Rialma. A identidade de nenhum dos envolvidos foi revelada.

A mulher mora em Aparecida de Goiânia e teria ido com a família e o namorado até o município onde foi violentada para passar celebrar o dia dos Pais na casa da vereadora, de quem é prima. Segundo o delegado Mateus Melo, o suspeito teria feito a vítima tomar bebida alcoólica, o que não ela não costuma fazer. 

Durante as investigações, a Polícia encontrou uma arma com registro autorizada para caçador, atirador e colecionador de armas (CAC). O homem estaria tentando fugir de moto, mas foi detido pelos agentes. A defesa dele informou que o cliente está colaborando com a apuração policial. O advogado Diego Marçal discorda da prisão antecipada porque o homem “possui emprego fixo, endereço atualizado e bons antecedentes”, destacou ao G1 Goiás.

A lei tipificou o crime de estupro de vulnerável para proteger pessoas que tenham menor possibilidade de defesa, como os menores de 14 anos, portadores de enfermidades ou deficiências mentais, ou que, por qualquer outro motivo, tenham sua capacidade de resistência diminuída. 

Uma pessoa que foi dopada ou está alcoolizada, mesmo que esteja em estado de inconsciência por vontade própria, não pode ter sua intimidade violada, pois não está em condições de expressar sua vontade. Para esse crime, a pena é de 8 a 15 anos, sendo aumentada no caso de lesão corporal grave, de 10 a 20 anos e no caso de morte, de 12 a 30 anos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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