A combinação de altas temperaturas, tempo seco e ventos tem ajudado a aumentar o número de incêndios em Goiás. A maior parte foi causada por ação humana, o que preocupa o Corpo de Bombeiros. Áreas de preservação, como do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Em setembro do ano passado, a região foi consumida pelas chamas por dias após três pessoas terem ateado fogo intencionalmente.
Neste ano, a corporação já registrou mais de 6 mil ocorrências. Como no ano anterior foram 9.334, a estimativa é de que o balanço deste ano tenha mais casos de queimadas, de acordo com a tenente Vanessa Furquim. Em julho foram instalados dois postos temporariamente na em Alto Paraíso e em Cavalcante onde equipes revezam o trabalho para garantir resposta rápida em caso de acidentes.
O trabalho com brigadista, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e outras Organizações Não Governamentais (ONG ‘s) tem colaborado no monitoramento e combate ao fogo. Somente o efetivo local de bombeiros não conseguiria atender aos chamados porque a área é muito extensa.
“O período mais crítico é de julho a outubro, por causa da ausência de chuvas. Muitas vezes, as pessoas querem queimar o mato às margens da rodovia porque a visibilidade está comprometida, limpar lotes baldios, queimar folhagem e entulho e ainda há aquelas má intencionadas. Apenas 1% dos focos teriam causas naturais, conforme alguns estudos”, destaca Furquim.
Uma forma de tentar coibir a proliferação de queimadas é a prática de aceiros. Por meio deles, uma parte da vegetação é retirada para evitar que o fogo se alastre e seja contido. Eles são uma espécie de escudo para proteger unidades de conservação, lavoura e propriedade rurais. A orientação de Vanessa é evitar o incêndio capinando o terreno localizado nas cidades em vez de atear fogo e, se houver chamas, não tentar apagar as chamas porque é perigoso. O ideal é acionar o Corpo de Bombeiros por meio do telefone 193.