Álbum da Copa: gasto desnecessário ou programa familiar?

Rômulo e sua mãe, Deuslene, compatilhando juntos o álbum da Copa

No álbum de figurinhas da Copa do Mundo de 2018, um pacote com cinco cromos custava R$ 2,00. Quatro anos depois, na Copa do Catar, o preço dobrou. Afinal de contas, o que pesa mais: os gastos com essa forma de lazer ou a diversão que a coleção proporciona?

Um álbum familiar

Rômulo Maia, de 30 anos, começou a colecionar álbuns da Copa em 2018, ao lado de sua mãe, Deuslene, de 67 anos. Naquela ocasião, eles colecionaram três álbuns da mesma edição juntos – o prata, o azul e o brochura.

Nesta Copa de 2022, decidiram dar seguimento à tradição. Compraram mais de um álbum para intensificar a experiência. Ao Diário do Estado, porém, Rômulo comenta que o atraso é um fator negativo. “O maior problema desta Copa está sendo justamente essa demora dos álbuns para chegar, é bem complicado”, diz.

Deuslene gosta muito de futebol, e foi árbitra amadora durante muito tempo. Cruzeirense, ela assiste a jogos de futebol com o filho e sempre gostou de colecionar álbuns. O filho puxou à mãe, e juntos eles compartilham a experiência de tirar um grande craque ou uma figurinha dourada.

“Ela me liga às vezes e pergunta se tem figurinha para trazer hoje. Às vezes ela compra sozinha e abre um pacotinho, esperando para abrir o resto comigo. Eu também faço isso de vez em quando”, explica Rômulo.

Por isso, ele acredita que o álbum de figurinhas é legal por ser uma coisa muito familiar, criando novas amizades e vínculos. Enquanto abrem os pacotes, Rômulo e Deuslene aproveitam a oportunidade para perguntar sobre o dia um do outro, reforçando os laços entre eles.

Deuslene Maia álbum da Copa
Deuslene com o álbum de 2018 (Foto: Arquivo pessoal)

A parte financeira

No entanto, nem tudo são flores. Para completar o álbum da Copa de 2022, o colecionador precisa desembolsar pelo menos R$ 536. Isso porque, no total, são 670 figurinhas. Mesmo assim, é um cenário extremamente improvável, considerando a incidência de figurinhas repetidas. Por esse motivo, a parte financeira pode pesar.

“Eu e ela dividimos os custos, realmente ficam mais alto os valores. Para a gente não fica tanto, pois dividimos, mas vamos gastar o dobro do que gastamos em 2018. Mas temos uma reserva financeira, pensando exatamente nesse período de Copa”, declara Rômulo.

Lucas Felipe, de 24 anos, decidiu não colecionar o álbum da Copa neste ano. Entre 2006 e 2018, colecionou todos, mas desta vez não conseguirá exatamente por conta dos valores. “É uma pena, porque sempre fui fascinado por álbuns de figurinhas. Infelizmente, tive de fazer essa escolha”, lamenta.

Rômulo, por sua vez, apesar de destacar o preço elevado dos pacotes, acredita que vale a pena. “O importante desse álbum não é só pensar no gasto. As pessoas pensam muito nisso, é claro, pois realmente está mais caro, mas muito do que você tem que pensar é nessa questão de unir as famílias”, comenta.

Para completar, ainda existem as figurinhas especiais, com o título de “Legends”, as quais são vendidas por um preço elevado. Figurinhas de estrelas como Neymar, Messi, Mbappé e Cristiano Ronaldo podem ser encontradas de forma avulsa por valores que vão dos R$ 1 mil até os R$ 7,5 mil.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp