Idosa com alzheimer, trancada em quarto pelo filho, é resgatada em Anápolis

idosa

Uma idosa de 89 anos, que sofre de Alzheimer, foi resgatada após viver trancada dentro de um pequeno quarto pelo próprio filho, na quinta-feira, 25, em uma fazenda na zona rural de Anápolis, a 55 km de Goiânia. A Polícia Civil chegou até o local após uma denúncia anônima, efetuando a prisão do filho em flagrante. 

Idosa vivia sem comida e remédios 

No momento do resgate, a vítima contou aos policiais que era muito triste ver o filho algemado, mas que não houve outra alternativa porque vivia ”igual um cachorro, com medo e se escondendo dentro da própria casa”. O filho também ameaçava e xingava a mãe e um irmão.

“Hoje de manhã [25/08] foi o horror de sempre, com ele xingando, gritando e ameaçando me matar e o irmão”, desabafou a aposentada.

quarto
Quarto onde a idosa vivia. (Foto: Divulgação/PCGO)

A vítima relatou também que tem dificuldades para dormir e que ficava sem os remédios que ajudam a ter sono. Segundo a ocorrência, o filho não quer sair de casa e alega que a residência é dele.

O homem foi preso por maus-tratos, cárcere privado, injúria e ameaça. Se preso, ele pode ser indiciado pelos quatros crimes. 

Maus-tratos a idosos 

O art. 99 do Estatuto do Idosos estabelece maus-tratos a idosos como um crime que pode levar a pena de detenção de 2 meses a 1 ano, e multa. Pode ser configurado como crime quando o idoso é exposto a perigo a integridade física e a saúde física ou psíquica, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando de alimentos e cuidados indispensáveis. 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp