Criança de 3 anos incendeia casa enquanto mãe trocava bebê, em Anápolis

Uma criança de 3 anos destruiu o imóvel onde mora com a família, em Anápolis. A dona de casa Priscilla Vellasco, de 29 anos, contou que o menino ateou fogo em um sofá enquanto brincava com um isqueiro. Segundo ela, as chamas se alastraram rapidamente. Porém, mesmo com todos os estragos, ninguém se feriu. A criança teria pego o objeto na cozinha, sem que a mãe percebesse.

“Eu estava trocando meu neném de 4 meses quando o outro de 3 anos foi na cozinha. Eu já chamei ele na hora, porque não dá para tirar o olho dele. Quando ele entrou no quarto, eu já senti o cheiro da fumaça. Foi muito rápido. Destruiu tudo”, contou ao G1.

Incêndio

O incêndio ocorreu na manhã de quinta-feira, 25, por volta das 11h, no Conjunto Habitacional Vila União. Priscilla vive na casa com o marido e os seis filhos, que têm entre 9 anos e quatro meses. Na hora, ela estava junto com quatro crianças e, segundo ela, apenas pensou em tirá-las da casa em segurança.

“Quando eu saí do quarto, o fogo já estava em todo o sofá e estava alto. Eu corri, abri a porta do fundo, peguei as crianças e saí. Na hora, eu só pensei neles. Quando nós saímos, pegou fogo em tudo”, explicou.

Combate

Ainda de acordo com Priscilla, os vizinhos perceberam o incêndio e chamaram o Corpo de Bombeiros. No entanto, antes da corporação chegar ao local, os próprios moradores conseguiram apagar o incêndio. 

A dona de casa disse que ainda não sabe como a família irá reconstruir a residência. Com o incêndio, ela disse que foram destruídos dois sofás, micro-ondas, geladeira, fogão, forno, a estrutura de alvenaria e rede elétrica, armários e roupas. Segundo ela, o marido trabalha como segurança e a família não tem condições para arcar com todos os custos.

“Ainda não sei como iremos fazer, porque não temos condições. Estamos ficando na casa da minha sogra, mas é muito difícil com seis crianças”, desabafou a dona de casa.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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