Pesquisa Ipec: Lula mantém vantagem e convicção de voto aumenta

Lula Bolsonaro Ciro Gomes

Na pesquisa Ipec desta semana, Lula (PT) continua com a mesma vantagem em relação a Jair Bolsonaro (PL), na disputa pela presidência. Por outro lado, o índice de eleitores que já definiram seus votos aumentou, sobretudo entre aqueles que votarão nos dois líderes.

Lula x Bolsonaro, tendência dos eleitores

No dia 15 de agosto, a pesquisa Ipec apontava Lula com 44% das intenções de voto, contra 32% de Bolsonaro. Os números se mantiveram no mais recente levantamento. Na terceira posição, contudo, Ciro Gomes (PDT) aumentou um ponto, subindo para 7%, assim como a quarta colocada Simone Tebet (MDB), com 3%. Felipe D’Avila (Novo) tem 1%, e os demais candidatos não pontuaram.

O percentual de votos brancos ou nulos diminuiu de 8% para 7%. Além disso, a quantidade de pessoas que não souberam responder reduziu de 7% para 6%.

Já o índice de eleitores que definiram seus votos contou com mais alterações. No momento, 79% das pessoas afirmaram que não mudarão seus votos. Entre aqueles que têm a intenção de votar em Bolsonaro, a margem avançou dois pontos, com 84% convictos dessa decisão. Entre os que pretendem votar no Lula, houve um aumento de um ponto, chegando a 83% de convicção.

O maior aumento nesse sentido foi de Ciro Gomes. O índice de convicção de seus eleitores subiu um total de 12 pontos, chegando a 48%. Quanto aos outros candidatos, cerca de 52% disseram que o voto é definitivo, mas 48% ainda podem mudar até o dia das Eleições.

A pesquisa Ipec com divulgação nesta semana teve sua realização entre 26 e 28 de agosto, entrevistando 2 mil pessoas em 128 municípios diferentes.

Outros dados da pesquisa Ipec

Nas capitais estaduais, o desempenho de Lula e Bolsonaro é praticamente igual, com um empate técnico. O petista soma 38% das intenções de voto, enquanto o atual presidente conta com 36%. Ciro Gomes aparece com 9%. Nas cidades do interior, Lula é mais popular, 45% contra 32% de Bolsonaro. Nesse contexto, o número de brancos/nulos surge em terceiro lugar, com 7%. Ciro Gomes tem 6%.

Quanto à escolaridade, 52% das pessoas que completaram apenas o Ensino Fundamental votariam em Lula, enquanto 25% escolheriam Bolsonaro. Entre aqueles que concluíram o Ensino Médio, há um empate técnico de 39% para Lula e 37% para Bolsonaro. Eleitores com Ensino Superior têm Lula como maioria – 39% contra 34% de Bolsonaro.

Nas regiões do Brasil, Lula tem ampla vantagem sobre Bolsonaro no Nordeste (57% contra 25%) e também vence no Sudeste (39% contra 33%) e no Sul (36% contra 34%). No Norte e no Centro-Oeste, há uma igualdade de 40% para cada lado.

Em relação às crenças, 51% dos católicos preferem Lula, e 27% escolhem Bolsonaro. Já com os evangélicos, Bolsonaro soma 48%, contra 26% de Lula. Em outras religiões, Lula fica com 45%, e Bolsonaro com 27%.

Na categoria de renda familiar, Lula possui mais popularidade entre os mais pobres. O petista leva vantagem entre pessoas com renda familiar de até um salário mínimo, de um a dois e de dois a cinco. A maioria dos eleitores com mais de cinco salários mínimos de renda familiar votam em Bolsonaro (47%). Nesse aspecto, Lula tem 28%.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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