Lei Maria da Penha vai passar a funcionar como “engrenagem” na capital

Em breve, um termo de cooperação deve oficializar os papéis de cada uma das instituições que podem assistir vítimas de violência doméstica na capital. O documento seria assinado nesta quarta-feira, 31, mas foi adiado devido a imprevistos. A ideia é traçar o caminho percorrido pelas pessoas nessa situação de forma interligada para garantir assistências jurídica, psicológica, financeira e social.

A comandante da Patrulha Mulher mais Segura da capital, Luiza Sol, afirma que a concessão de medidas protetivas é a apenas um primeiro passo na jornada das vítimas. Embora também atendam o chamado de pessoas transexuais e homossexuais femininas, as mulheres ainda são maioria das vítimas. Segundo ela, sair de um relacionamento abusivo envolve muitas carências, que precisam ser supridas para que a vítima consiga retomar a vida.

“Já existe uma comunicação entre as instituições. O documento vai definir as atribuições de cada um para funcionar em rede, como uma engrenagem. Após a medida protetiva, a informação segue para ao Poder Judiciário, depois para a Patrulha, em seguida para a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM), Defensoria Pública e ajuda social e financeira”, explica.

O grupamento comandado por Luiza registrou em torno de 1.250 acionamentos entre janeiro a agosto deste ano. Por semana são de 50 a 60 atendimentos presenciais e de 80 a 100 ligações telefônicas para localização e monitoramento das vítimas. Um outro termo de cooperação já havia sido assinado em 2018 junto ao Tribunal de Justiça pelo Ministério Público de Goiás, Defensoria Pública, Polícia Militar, Delegacia de Atendimento à Mulher, SMPM e Guarda Civil Municipal.

A Lei Maria da Penha estabeleceu que esse tipo de atendimento deve ser feito preferencialmente por mulheres. Na patrulha exclusiva da Guarda Municipal, há 20 integrantes que se revezam em três equipes com atuação em toda a capital diariamente. Por meio do telefone 153, as viaturas mais próximas da Patrulha, ou pelo (62) 3524.8121 da Ronda Municipal (Romu), ambos da GCM, são enviadas ao local em que a mulher está. No caso das assistidas pela patrulha, há a possibilidade de chamar socorro exclusivamente por meio de um botão de pânico dentro do Aplicativo Prefeitura 24 horas. A atuação é conjunta com a Polícia Militar. 

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PRF inicia operações para coibir ultrapassagens indevidas nas rodovias

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) promete reforçar a fiscalização nas rodovias federais entre esta sexta-feira, 20, e a próxima quarta-feira, 25. Deflagrada à 0h de hoje, a Operação Natal 2024 prevê maior frequência nas rondas, além do posicionamento de equipes policiais em trechos identificados como os mais perigosos.

Durante a operação, que se estenderá até as 23h59 da quarta-feira de Natal, a PRF ampliará o efetivo policial nas rodovias federais para coibir, principalmente, as ultrapassagens indevidas. Entre janeiro e novembro deste ano, foram registradas 272.955 infrações deste tipo.

Embora o total de ocorrências tenha variado pouco em comparação ao resultado registrado em 2023 (270.165), o número de acidentes com feridos e mortos aumentou significativamente. Entre janeiro e novembro deste ano, 1.557 sinistros de trânsito associados à ultrapassagem indevida deixaram 2.287 feridos e 363 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram 1.469 acidentes, com 2.263 feridos e 313 óbitos.

Em nota, o coordenador-geral de Segurança Viária da PRF, Jeferson Almeida, destaca que o motorista que realiza ultrapassagem indevida está colocando em risco não só sua própria vida, como a de seus eventuais acompanhantes e de outras pessoas.

“A ultrapassagem indevida já é perigosa por si só. Quando associada à velocidade excessiva para conseguir realizar a manobra e não se tem sucesso, os efeitos são muito danosos. São saídas de pista, colisões transversais ou frontais, circunstâncias em que o choque entre os veículos é mais intenso”, enumera Almeida.

O motorista flagrado realizando ultrapassagens indevidas pode ser multado em até R$ 2.934,70 e ter o direito de dirigir suspenso.

Rodovida

A Operação Natal 2024 é a primeira das grandes ações da Operação Rodovida 2024/2025, que a PRF lançou nesta quarta-feira, 18. Com o tema Desacelere: Seu Bem Maior é a Vida, a iniciativa se estenderá até 9 de março de 2025, com o objetivo de tentar reduzir as ocorrências por excesso de velocidade nas rodovias federais.

De janeiro a outubro deste ano, o excesso de velocidade resultou em mais de 5 milhões de autos de infração – mais que o dobro dos 2,1 milhões de autuações registradas no mesmo período de 2023. Apesar da alta significativa nas infrações, a PRF registrou queda no número de sinistros de trânsito e mortes em que a causa principal foi o excesso de velocidade. De janeiro a outubro deste ano, foram 3.478 sinistros e 358 óbitos. No ano passado, foram 3.508 ocorrências e 381 mortes.

Por outro lado, entre janeiro e outubro de 2024, a PRF registrou 9.013 sinistros de trânsito atribuídos à reação tardia ou ineficiente dos condutores, o que resultou em 10.506 feridos e 575 mortes. A correlação entre o excesso de velocidade e a reação tardia ou ineficiente dos condutores é um dos principais desafios para a segurança viária. A velocidade excessiva reduz o tempo de reação necessário para desviar de obstáculos, frear a tempo ou lidar com mudanças inesperadas na via. Isso se reflete nos dados, uma vez que a velocidade elevada pode ser fator determinante em muitos sinistros de trânsito fatais com vítimas.

 

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