Alguns dias após virar meme na internet, um site que fazia críticas ao presidente Bolsonaro foi retirado do ar. A medida foi uma determinação do ministro da Justiça André Torres, que também pediu investigação da Polícia Federal (PF). O domínio era realmente do presidente da República e administrado pelo filho dele, Carlos Bolsonaro, que se esqueceu de renovar a licença no fim do ano passado. Um filósofo Gabriel Baggio, de Curitiba, no Paraná, assumiu a página e começou a publicar imagens associando Bolsonaro a Hitler.
A reportagem do Diário do Estado acessou novamente o “bolsonaro.com.br” na tarde desta quinta-feira, 01, e constava a informação “Não é possível acessar esse site”. A campanha à reeleição de Bolsonaro promete entrar com ações judiciais contra Baggio. Em uma das ilustrações divulgadas no site e compartilhadas em grupos de Whatsapp desfavoráveis ao presidente, Jair aparece com a faixa presidencial fazendo a saudação nazista com gado ao fundo e o título o classifica como “ameaça ao Brasil”.
“Eu estou exercendo a minha liberdade de expressão e fazendo uso da minha propriedade privada. Muita gente me disse que eu tinha tudo a perder. Eles têm essa estratégia do medo, mas é importante a sociedade civil se manifestar. Não podemos tolerar nenhum tipo de golpismo. A mensagem era muito importante, tinha de ser dita. A gente não pode ficar quieto”, afirmou Baggio ao site 247.
O ministro considerou que o domínio estaria ferindo a honra de Bolsonaro e estaria cometendo injúria e crimes conexos. No requerimento em que solicita apuração da PF, Torres justifica que “diante de tamanho ataque direto e grosseiro ao presidente” e pede a “instauração imediata de inquérito”. Segundo a revista Veja, Baggio teria adquirido o site após um leilão com outras 20 pessoas.
Confira uma da imagens postadas no site associando Bolsonaro a Hitler: