Vídeo: Ricardo Salles derruba e atropela moto de entregador durante protesto

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O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, atropelou e derrubou a moto de um entregador de aplicativo enquanto saia de uma universidade na Zona Sul de São Paulo, na noite desta quinta-feira, 1º. O motociclista, que estava subindo no veículo, quase foi atingido e não recebeu ajuda de Salles. 

Salles esteve na universidade ESPM para participar de um evento promovido pela entidade Agro. Ao sair do local, ele foi alvo de protestos de estudantes. 

Imagens gravadas no momento mostram quando a moto é derrubada e Salles sai em alta velocidade.

Confira o vídeo:

Na manhã desta sexta-feira, 2, o ex-ministro postou uma imagem nas redes sociais onde o carro em que ele dirigia aparece com a janela quebrada. Já em outro post, ele publicou um vídeo onde aparece sendo xingado pelos protestantes. 

No Twitter, Ricardo Salles condenou o protesto e disse que falou que ”com o rapaz, que nada sofreu. E a moto, nada de grave”. Além disso ele chamou os protestantes de ‘Turma ”maconheiros pró-democracia” ‘

Protesto

Em nota divulgada nas redes sociais, a bateria da faculdade afirma que protestou contra a presença do candidato. 

“A Bateria protestou ativamente contra a atitude durante a execução da palestra e vem a público mais uma vez expressar enorme insatisfação contra o evento promovido. Não concordamos com a propaganda política exercida dentro das áreas da faculdade, e muito menos com a presença de um político que promove tópicos de devastação, degradação e exclusão – não só ambientais, como sociais.”

Além disso, prestaram solidariedade para o motorista e disseram que ””Será feito todo o barulho necessário para expressar nosso repúdio. Esperamos respostas frente ao tamanho absurdo”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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