Peritos investigam crime ambiental em abandonado Hospital Santa Genoveva

Nesta última sexta-feira, 2, a Polícia Técnico-Científica fez uma perícia no antigo Hospital Santa Genoveva, em Goiânia, que está abandonado desde 2017. A perícia foi solicitada pela Delegacia Estadual de Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), após uma requisição do Ministério Público de Goiás.

O delegado Luziano Carvalho, que está a frente do caso, alega ter recebido denúncias sobre as condições do local através dos moradores. De acordo com ele, essas condições são graves.

“Está um cenário de filme de terror”, disse o delegado.

Apesar de possuir materiais tóxicos, não há risco de produto radioativo no local, como Césio-137, que aconteceu em setembro de 1987 na capital. E para chegar no responsável pelo abandono, o resultado da perícia será enviado à Dema.

Maíra Ludovico, que fazia parte do Grupo Santa Genoveva, foi contatada para saber se a administração do local continua com o grupo e a motivação do abandono. Porém, o advogado Ricardo Gonçalez ressaltou que foi uma decisão judicial que declarou a falência do hospital e que Maíra não é mais administradora do local, “não respondendo pelo mesmo e nem podendo falar em seu nome.”

“A decisão judicial gera efeito imediato, não não tendo os recursos interpostos efeito suspensivo”, explicou o advogado.

Um outro advogado, Dyogo Crossara, que agora é síndico e responde judicialmente pelo o hospital, foi contatado e apontou que somente os sócios poderiam falar sobre a atual situação do hospital.

O delegado Luziano explicou que a abertura do inquérito tem o propósito de apurar se há crime ambiental, a partir do abandono dos materiais tóxicos às margens do rio Meia Ponte. Ele ainda afirma que foram encontrados os seguintes produtos e substâncias tóxicas: materiais hospitalares, medicamentos, ampolas de sangue, móveis quebrados, uma geladeira abandonada, entre outros. Também falou dos equipamentos presentes no local e o risco de incêndio e até desabamento, devido a diversos buracos e parte de telhas e gesso caindo.

Já de acordo com a perita do caso, Patrícia Castro Braga, todo o trabalho da polícia técnico-científica vai levar cerca de três a quatro meses, devido ao material que está sendo analisado. Em junho, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM) desmontou os equipamentos para retirar as fontes ionizantes dos seguintes equipamentos: raio-X, tomógrafo, mamógrafo e outros utilizados em diagnósticos médicos. Assim ressaltando que não há risco de material radioativo.

Patricia declara que a principal preocupação de fato é a massa falida desativada e abandonada que consolidou no hospital. “Cabe à polícia científica apontar os riscos dessa ocupação de faixa marginal do curso hídrica”.

Ela ainda ressalta que os materiais abandonados estão contribuindo para a proliferação de animais e que “podem ser um risco à saúde pública da população vizinha em especial”.

Por fim o delegado fala sobre a importância da retirada imediata de todos os produtos hospitalares que estão no local, e ainda citou o artigo 56 da Lei 9.605/1998, “armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas”. Luziano afirma que a pena pode variar de um a quatro anos e multa.

Quando concluir o inquérito, será remetido à Justiça de Goiás, que deve decidir quem deve ser responsabilizado e como.

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Natal do Bem amplia acesso com nova entrada pela BR-153

O acesso via BR-153 é novidade na edição do Natal do Bem 2024, em Goiânia. Este ano, o evento conta com seis áreas de estacionamento, sendo duas próximo à rodovia federal. Ao todo, são 12 mil vagas rotativas e gratuitas disponíveis para os visitantes.

Para chegar ao Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) pela BR-153, é necessário seguir pela marginal no primeiro ponto de acesso – próximo à Universidade Paulista (Unip), virar à direita na Rua Recife/Araxá, fazer o retorno, virar à direita na Alameda Barbacena e, por fim, virar à esquerda na Rua 106.

Para quem preferir outro percurso, pode fazer o trajeto pela GO-020, virar à direita na Avenida Doutor José Hermano e seguir até os pontos de estacionamentos próximos ao CCON. Há equipes técnicas em todos os locais para orientar os visitantes.

Em todos os acessos (vias BR-153 e GO-020), há também pontos de embarque e desembarque para usuários de transporte por aplicativos.

Para os usuários do transporte coletivo, o Natal do Bem conta, este ano, com duas linhas exclusivas e gratuitas: uma com ponto de embarque e desembarque no Deck Sul 1 do Flamboyant Shopping, e outra com ponto em frente ao Museu Zoroastro, na Praça Cívica.

As linhas funcionam de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas. A Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) também opera duas linhas regulares que atendem o itinerário até o local do evento: a 990, com parada no Terminal Praça da Bíblia, e a 991, no Terminal Isidória.

O Natal do Bem é uma iniciativa do governo estadual, por meio do Goiás Social e Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), e conta com entrada, estacionamentos e mais de 300 atrações culturais gratuitas.

O complexo natalino possui mais de 30 mil metros quadrados, quase três milhões de pontos de luz e uma Árvore de Natal de 40 metros de altura. A expectativa é que 1,5 milhão de pessoas visitem o evento, que segue até 5 de janeiro, de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas.

O evento conta com os patrocínios da Saneago, Flamboyant Shopping, Flamboyant Urbanismo, O Boticário, Sicoob, Sistema OCB, Equatorial e Mobi Transporte.

Mapa dos acessos ao Natal do Bem:

 

 

 

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