Fiscais do Inmetro são presos por cobrar propina em Goiás

A Polícia Federal prendeu cinco fiscais do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em Goiás, na manhã desta terça-feira (17), suspeitos de receber propina durante fiscalização de postos de combustíveis no estado.

Os fiscais deveriam fazer testes de volumetria nos bicos das bombas de combustível para evitar prejuízos aos consumidores, mas a PF apurou que eles recebiam propina para fazer vistas grossas na fiscalização. Além disso, para dificultar a concorrência, os indiciados realizavam inspeções em alguns estabelecimentos, por ordem de donos de postos.

Com as prisões, a PF deflagrou a Operação Pesos e Medidas, que ainda devem cumprir outros cinco mandados de prisão em Goiânia, Anápolis e Brasília. Os fiscais devem responder por corrupção passiva, corrupção ativa e alinhamento de preços, com penas que podem chegar a 12 anos de reclusão.

Segundo as investigações, as propinas cobradas variavam entre R$ 200 e R$ 6 mil. Dos 10 mandados de prisão, sete são de prisão preventiva e três de prisão temporária.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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