Motorhomes ganham espaço entre goianos; frota chega à marca de 362 no estado

Lazer, comodidade e aventura são os maiores atrativos para os interessados nos chamados motorhomes, as casas sobre rodas. O número de amantes dos veículos recreativos com aparato comum a qualquer residência alavancou em Goiás com salto de 170 para 362 na frota ativa, segundo dados do Detran Inside. Quase metade deles está em Goiânia (148), sendo Caldas Novas (33), Aparecida de Goiânia (23) e Anápolis (22) os municípios com maior número de emplacados. A quantidade se divide entre pessoas físicas e jurídicas, já que muitas empresas começam a oferecer locação.

A pandemia ajudou a impulsionar o setor devido às restrições sanitárias impostas pelo coronavírus. Foi nesse período que o empresário Adenilson Ferreira viu o negócio crescer 200% e, apesar de ter recuado um pouco, continua registrando 100% a mais de negócios fechados em relação ao início de 2020. Ele reformula o interior e exterior de veículos grandes para transformá-los em um lar confortável durante as viagens dos proprietários.

“Muitas pessoas de dentro e fora de Goiás procuram nossos serviços, inclusive de estados com tradição na construção de motorhomes. O fato de Goiás estar no centro do Brasil atrai bastante os interessados porque facilita a chegada com o veículo. Uma das maiores dificuldades agora tem sido encontrar mão de obra qualificada, principalmente de marceneiro que consiga fazer as adaptações necessárias”, diz.

O trabalho de Adenilson com outras duas pessoas da equipe leva de 5 a 6 meses para ser concluído. Um projeto básico com vaso portátil  climatizador custa R$ 95 mil para van e R$ 135 mil para um micro-ônibus. A reformulação é artesanal e personalizada, podendo ser incluídos vaso fixo, ar condicionado, janela com mosquiteiro e outros itens. O preço salgado esbarra na importação de grande parte das peças para ficar mais acessível.

Embora tenha um custo elevado para muitas pessoas, o planejamento ajudou o aposentado Lázaro Mariano, de 68 anos, a concluir a quarta casa sobre rodas. Ele teve o primeiro motorhome há 40 anos e agora está prestes a fazer a viagem mais longa com o atual modelo. A companheira de viagem é a esposa, mas quando não pode deixar os cuidados com a filha e o neto recém-nascido, o idoso pega a estrada sozinho rumo a destinos mais perto da cidade onde mora, Anápolis.

“Estamos prestes a embarcar para o Nordeste por onde quero rodar todo o litoral. Gosto de viajar e levar minha casa para onde eu for. Com a pandemia, o motorhome foi providencial porque os hotéis sempre estavam com lotação máxima, que teve limite reduzido, e a gente não sabia se os quartos tinham sido limpos adequadamente”, afirma.

Nos 7,4 metros quadrados, eles conseguem comer, dormir e se divertir. O trajeto nem sempre costuma ter pontos de apoio com áreas de camping. Essa é uma das maiores dificuldades, de acordo com Lázaro. No sul do Brasil, a estrutura é mais comum. Nelas, os aventureiros pagam uma tarifa para acessar rede de água, de energia e espaços para higienização da caixa de detritos, além de conseguirem estacionar. Parar um motorhome em qualquer rua, inclusive, só se torna um problema se o veículo for de grande porte.

A viuvez incentivou o pai do empresário Paulo Silveira a realizar o desejo de levar toda a família para o sul do País em um motorhome. Há um ano e meio, eles desembolsaram R$ 500 mil em uma motorcasa completamente equipada de 10 metros quadrados com capacidade para nove pessoas. No tour, o grupo que incluiu uma criança passou quase 20 dias entre São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. Já foram também para Barra do Garças e  pretendem ir para Caldas Novas.

“Não precisamos pagar hospedagem. É realmente uma casa: tem cama, cozinha e  banheiro. Era o sonho de infância do meu pai. A pandemia não nos influenciou a comprar, mas coincidiu de ser uma boa ideia por ficarmos em família durante a viagem dentro do motorhome. Ainda não definimos, mas estamos pensando em ir para o nordeste na próxima vez”, pontua.

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Black Friday 2024: Dicas e precauções para compras seguras e econômicas

A Black Friday, um dos maiores eventos do calendário varejista, ocorrerá no dia 29 de novembro de 2024, mas as promoções já começaram a ser realizadas ao longo do mês. Em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, com 64% dos entrevistados planejando aproveitar as ofertas.
 
Para evitar a prática conhecida como metade do dobro, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população, o Procon Goiás realiza um trabalho prévio de monitoramento de preços. A Lei Estadual 19.607/2017 também obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, “para evitar as falsas promoções, é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços”.
 
Uma dica valiosa é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou site durante a Black Friday é um apelo ao consumo, por isso é crucial ter cuidado. Além disso, é permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e online, justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, e as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor.
 
Durante a Black Friday, o volume de compras feitas pela internet aumenta significativamente. Por isso, é importante ter atenção redobrada. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo https, que garantem uma conexão segura. Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra.
 
Ao optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras online. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos.

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