O acidente com o ônibus do Eixo Anhanguera que matou uma mulher há pouco mais de 20 dias foi causado por problemas mecânicos. A estrutura que permite a abertura e fechamento das portas estava desgastada, segundo laudo pericial apresentado pela Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (Dict).
Documentos da Metrobus apontam que um dos motoristas alertou o setor de manutenção para problemas no rolete da porta em 26 de julho. Alguns dias depois, em 11 de agosto, uma nova reclamação de outro motorista indicou o mesmo problema.
A delegada que acompanha o caso, Maira Barcelos, afirma que o chefe do setor de manutenções e o motorista que conduzia o ônibus no momento da tragédia serão ouvidos em breve. Segundo ela, novos laudos do veículo e do local não tem prazo para serem divulgados.
A estudante Leidiane Teixeira segurava uma marmita quando se desequilibrou durante uma curva mais fechada no trajeto e chegou a tentou segurar na porta, que abriu e ela caiu do veículo em 18 de julho na estação Palmito, no Jardim Novo Mundo. Ela chegou a ser atendida em um hospital, porém não resistiu aos ferimentos e faleceu.
À época, a Metrobus publicou uma nota lamentando o fato e informando ter começado uma apuração interna para identificar as causas do acidente. Segundo a empresa, nenhum de seus veículos roda com a porta aberta em função de um sensor que impede essa possibilidade. ”Inicialmente, já foi identificado que a porta estava fechada e em funcionamento normal no momento do acidente e abriu após sofrer um grande impacto”