Eleições em números: colégios eleitorais e perfis no pleito deste ano

Eleições em números: um balanço do pleito deste ano

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza, de forma pública, diversas estatísticas a respeito do eleitorado no Brasil. Nas Eleições de 2022, o Diário do Estado separou os dados mais curiosos e interessantes, sobre os mais variados temas que se relacionam com o pleito deste ano.

Número de eleitores no Brasil e no mundo

No total, o Brasil possui atualmente 156.454.011 eleitores aptos a votar. A maior parte, composta por 118.151.926 (75,52%) pessoas, possui cadastro com biometria. Outros 38.302.085 (24,48%) cidadãos não têm o recurso.

Ainda nessa questão do número de eleitores, 155.756.933 (99,55%) residem no Brasil, enquanto 697.078 (0,44%) moram no exterior. Dentro do País, há parcela de eleitorado em todos os 5.570 municípios. Em terras estrangeiras, brasileiros votarão em 181 cidades diferentes.

A quantidade atual de eleitores aptos a votar é 6,21% maior do que as Eleições de 2018 (147.306.275) e 9,54% maior do que as Eleições de 2014 (142.822.046). No exterior, o aumento foi mais significativo. Neste ano, o valor subiu em 39,21% em relação a 2018 (500.727) e 96,81% em comparação a 2014 (354.184).

Maiores e menores colégios eleitorais do País

A Região Sudeste é a que possui a maior quantidade de eleitores aptos a votar, com 66.707.465. Logo em seguida, aparece o Nordeste, com 42.390.976. O Sul é o terceiro colocado na lista, com 22.558.759, enquanto o Norte possui 12.560.410. Por fim, em último lugar, figura o Centro-Oeste, com 11.539.323.

Analisando por estados, os maiores colégios eleitorais do Brasil são, na ordem: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul. Roraima, Amapá e Acre surgem no lado oposto da relação. Roraima, inclusive, concentra apenas 299 mil eleitores (0,23% do total), enquanto São Paulo concentra 31,9 milhões (22,16% do número completo).

Entre as cidades, São Paulo (8,7 milhões), Rio de Janeiro (4,8 milhões), Salvador (1,9 milhão), Belo Horizonte (1,9 milhão) e Brasília (1,8 milhão) são os municípios com o maior número de pessoas aptas a votar nas Eleições de 2022. Em compensação, o menor número é de Araguainha (MT), que conta com 898 eleitores, uma porcentagem de 0,001% do total.

Informações do exterior

O perfil dos votantes no exterior indica uma maioria feminina (59%), um equilíbrio no estado civil (47% casados, 46% solteiros), maior presença de cidadãos com formação no ensino superior completo (42%) e nas faixas de 45 a 59 anos de idade (201.104 eleitores), além de 35 a 44 anos (198.112 eleitores).

As cidades com o maior número de eleitores brasileiros fora do País são as seguintes: Lisboa (45.273), em Portugal; Miami (40.189) e Boston (37.159), nos EUA; e Nagoia (35.651), no Japão. Por outro lado, Vaticano (Itália), Bamako (Mali) e Abuja (Nigéria) possuem apenas um votante do Brasil residindo em cada um dos locais.

Amsterdã (Holanda), Atlanta (EUA), Barcelona (Espanha), Berlim (Alemanha), Buenos Aires (Argentina), Chicago (EUA), Dublin (Irlanda), Frankfurt (Alemanha), Genebra (Suíça), Hamamatsu (Japão), Houston (EUA), Londres (Inglaterra), Los Angeles (EUA), Madri (Espanha), Milão (Itália), Munique (Alemanha), Nova York (EUA), Paris (França), Porto (Portugal), Roma (Itália), Sydney (Austrália), São Francisco (EUA), Toronto (Canadá), Tóquio (Japão), Vancouver (Canadá), Washington (EUA) e Zurique (Suíça) são os outros municípios com pelo menos 10 mil eleitores brasileiros.

Outros perfis nas Eleições 2022

O eleitorado brasileiro é majoritariamente composto por mulheres. Elas correspondem a 52,65% do total apto a votar nas Eleições 2022. Já os homens somam 47,33% dos votantes.

Neste ano, serão 2.116.781 eleitores jovens, entre 16 e 17 anos. Além disso, 14.893.281 eleitores com mais de 70 anos, cujo voto é facultativo. Somam-se ao grupo de eleitores idosos 184.330 votantes que possuem 100 anos ou mais. Pessoas na faixa dos 25 aos 44 anos correspondem a 40,72% dos eleitores.

Quanto a pessoas que declararam ter deficiência ou mobilidade reduzida, são 1.271.381 (0,81% do total) nas Eleições de 2022. Entre elas, 642.441 são mulheres, 628.827 homens e 113 não forneceram essa informação.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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