Planeta parecido com a Terra é descoberto por astrofísicos

Planeta Terra descobertas

Visando procurar outros planetas para habitar além da Terra, astrofísicos da Nasa e da Universidade de Liège, na Bélgica, descobriram um local de grande potencial. Trata-se do LP 890-9c, com apelido de “Super-Terra”. Com condições aparentemente habitáveis para seres humanos, a novidade chamou a atenção da comunidade científica nesta semana.

A próxima Terra

Futuramente, em algum ponto a Terra deixará de ser habitável, sobretudo quando o Sol “morrer”. A estimativa é de que isso aconteça daqui a dez bilhões de anos. No entanto, daqui a um bilhão de anos o ambiente da Terra já não será mais propício para seres humanos, por conta do aumento do brilho da estrela. Além disso, a constante interferência humana pode diminuir essa estimativa.

Portanto, a comunidade científica segue atrás de possibilidades para o futuro da raça humana. Com isso em mente, uma equipe sob liderança da astrofísica Laetitia Delrez descobriu dois planetas, o LP 890-9b e o LP 890-9c. Esse último chamou mais atenção, devido às suas similaridades com a Terra.

O que se sabe é que o LP 890-9c tem cerca de 30% a 40% a mais de raio em relação à Terra, além de não possuir rotação. Isso significa que em um lado do planeta é sempre dia, e no outro é sempre noite. A Super-Terra leva apenas 8,4 dias para orbitar o seu Sol, ao contrário dos 365 dias da Terra.

O próximo passo dos cientistas é estudar a atmosfera do LP 890-9c, que aparentemente tem radiação solar parecida com a do nosso planeta. Além disso, há a possibilidade de haver água em sua superfície.

Os estudos da Nasa e da Universidade de Liège foram feitos por meio dos telescópios Search for habitable Planets EClipsing ULtra-cOOl Stars (SPECULOOS), instalados no Chile e no arquipélago de Tenerife, na Espanha.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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