Transporte coletivo: meia-tarifa e pagamento por Pix começam neste mês

Nos próximos dias, os usuários do transporte coletivo terão mais duas novidades que fazem parte da reestruturação do sistema. O pagamento da passagem por pix e a meia-tarifa serão liberados ainda neste mês. Trindade, Goianira e Senador Canedo receberão o teste do piloto com chances de ser implementado em toda a Região Metropolitana de Goiânia.

O interior será contemplado antes da capital por ter linhas internas menores, facilitando a análise dos resultados. Com a meia-tarifa, linhas específicas com trajeto de até 5 quilômetros custarão apenas  R$ 2,15. A cobrança ocorrerá diretamente nos cartões já utilizados pela população, no caso do benefício Bilhete Único ou do Passe Livre do Trabalhador (PLT). O pix, que funcionaria através do WhatsApp. pode ser ofertado bem antes.

Ainda não há previsão para o funcionamento do Cartão Família, que permite o uso de até cinco pessoas em uma mesma validação aos sábados e domingos, do Cartão Pós-Pago, que vai gerar uma fatura ao usuário no final do mês com todos os usos, e dos bilhetes Diário (com um valor que vai permitir o uso de todo o sistema em 24 horas) e Semanal (uso liberado por sete dias a partir de um valor fixo).

Em fevereiro, a Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), que foi reformulada pela lei estadual 169/2021 em dezembro passado, divulgou que seriam adotados oito novos serviços no sistema, um a cada mês a partir de abril. Nesse período, houve o lançamento do Bilhete Único (abril) e PLT em maio, mas os outros ainda não estão funcionando.

A remodelação pode incluir ainda a integração de modais para facilitar a circulação na capital de quem utiliza o transporte público e beneficiará também os motoristas com a redução de carros nas ruas. Uma das iniciativas é o retorno no Citybus e a instalação de bicicletas compartilhadas nos 21 terminais de ônibus, permitindo que o passageiro se desloque até outro em um raio de 5 a 7 quilômetros para fazer a devolução. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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