Putin é alvo de atentado e tem limusine atingida por bombas

O mandatário russo, Vladimir Putin, de 69 anos, foi alvo de um atentado nesta quarta-feira, 14, após ter parte da limusine destruída devido a uma explosão, durante uma tentativa frustrada de assassinato. A guerra na Ucrânia pode ter sido um dos gatilhos do crime. 

Sua limusine foi atingida por um ‘estrondo alto’ em sua ‘roda dianteira esquerda seguida de fumaça pesada’, descreveu o site britânico Daylimall. O motorista do veículo e o presidente russo saíram ilesos, mas o atentado fez com que vários servidores do sistema de segurança fossem presos. Já outros guarda-costas desapareceram em meio a alegações de que informações secretas sobre os movimentos do governante foram comprometidas.

Guerra 

A guerra entre russos e ucranianos já dura 202 dias. Seguindo ativo, o conflito conta, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), com mais de 5,5 mil mortos e 7,8 mil feridos. Além disso, a guerra no leste europeu resultou, até o momento, na fuga de cerca de 7 milhões de pessoas da Ucrânia, até então um dos maiores produtores de cereais do mundo.

O conflito, porém, vem surpreendendo o mundo e o que seria uma vitória rápida (assim pensavam os russo), se tornou uma verdadeira guerra de resistência por parte dos ucranianos. Os últimos meses, por exemplo, sugerem que a decisão do presidente Putin de invadir a Ucrânia foi um grande erro de cálculo. Incapaz de garantir uma vitória rápida, a Rússia atolou-se em uma longa e sangrenta ofensiva e sofreu uma série de derrotas embaraçosas, que impactaram Putin.

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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